No intervalo de um dia, a Polícia Militar flagrou nove pessoas vendendo drogas na porta ou usando entorpecentes dentro da unidade
Drogas rondam escola e ameaçam alunos
Em menos de 24 horas nove pessoas foram flagradas traficando ou usando drogas em escolas na região metropolitana de Cuiabá. Seis suspeitos foram presos vendendo droga na porta de uma escola em Várzea Grande. Entre os criminosos, dois são menores de 18 anos. Na Capital três adolescentes foram detidos usando entorpecentes dentro de uma escola do bairro Porto.
Na noite da última segunda-feira (13), Jhonatan Barcelos da Silva, Ipujucan da luz Nascimento Neto, Yago Nunes Maia, todos com 20 anos, e Alesandro Dantas Baldez, de 35 anos, foram presos com dois adolescentes, de 15 e 17, no centro de Várzea Grande. Segundo o Comando Regional II (CRII), o grupo estava vendendo cocaína e maconha na porta de uma escola pública.
De acordo com a Polícia Militar, policiais estavam fazendo ronda pela avenida Filinto Müller por volta das 19 horas, quando avistaram o grupo em atitude suspeita. A PM afirma que após realizar revista nas pessoas do grupo encontrou um frasco de éter, cigarros de maconha e seis porções de cocaína. Todo o material estava dentro da mochila do adolescente de 17 anos.
Com sexteto, a polícia ainda achou R$ 112 em dinheiro, que supostamente seria o lucro da venda dos entorpecentes. Nenhum dos suspeitos quis falar sobre o ocorrido.
Segundo a PM, se forem julgados culpados os adultos serão sentenciados a penas que variam entre cinco e 15 anos. Enquanto os adolescentes possivelmente serão submetidos a medidas sócio-educativas, previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Na manhã de ontem (14), três adolescentes com idades de 15, 16 e 17 anos foram presos fumando maconha dentro da escola estadual José de Mesquita.
Os jovens estudam no período vespertino, mas estavam no colégio para assistir a um evento esportivo organizado pela direção. Com o trio a PM achou uma pequena porção de maconha além de dinheiro que supostamente seria utilizado para adquirir mais entorpecentes.
O garoto J.J.C.G., de 16 anos, estava sob os efeitos da droga quando chegou no Centro Integrado de Segurança e Cidadania do bairro Planalto (Cisc-Planalto). Ele afirmou que é a sexta passagem pela polícia e que já ficou internado por dois anos por ter sido pego vendendo pasta-base de cocaína. E mais seis meses em uma casa de recuperação por conta do vício em cocaína.
Segundo o rapaz, a utilização das substâncias não atrapalha a sua vida, já que não é um usuário violento. Ele conta que trabalha em um lava-jato e que utiliza o salário para sustentar o vício. “Eu peço benção para a minha mãe todo dia. Eu só quero fumar maconha, trabalhar e estudar em paz”, afirmou o jovem. Os outros dois meninos, de 15 e 17 anos, informaram que começaram a usar os entorpecentes há pouco tempo e que raramente o faziam no colégio.
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