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Cidades
Quinta - 16 de Maio de 2013 às 23:36

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Um funcionário da Rede Cemat, empresa de Mato Grosso que executa serviços de manutenção e leitura de medidores na aldeia indígena Santa Izabel, na Ilha do Bananal, no estado do Tocantins, divisa com a região do Araguaia mato-grossense foi ameaçado de morte por um índio, que em posse de uma arma de fogo, intimidou o trabalhador a não executar o corte de energia motivado pela falta de pagamento. O fato gerou um conflito entre a empresa e os indígenas resultando na interrupção dos serviços e para contornar a situação e por fim ao impasse, foi preciso a intermediação do conflito pelo procurador procurador da República, no Tocantins, Álvaro Manzano.

Dessa forma, a conciliação ocorreu nesta terça-feira (14) durante reunião na Câmara de Vereadores de São Félix do Araguaia (1.200 Km a nordeste de Cuiabá). Após a conciliação, os funcionários da empresa aceitaram voltar ao trabalho e atender os índios. A Cemat atende a aldeia no Estado vizinho devido à maior proximidade que as unidades da Celtins.

Com presença do advogado da Celtins Fabrício Azevedo e do gerente de eletrificação rural João Carlos Sarri Júnior, foi esclarecido aos índios que a colocação dos postes na aldeia pelo Programa Luz para Todos não dá direito à indenização ou mesmo isenção dos pagamentos, e que os índios devem quitar suas contas como todos os cidadãos. Também foram esclarecidos os procedimentos para requerimento das tarifas rural e social, negociação de dívidas e obtenção de segunda via da conta.

Diversas lideranças indígenas ressaltaram que a energia elétrica, disponível para a aldeia há cerca de 2 anos, é uma antiga reivindicação que traz muitos benefícios, e que o fato ocorrido com o trabalhador foi isolado e não reflete a postura da comunidade. Diante das acusações feitas ao indígena envolvido na agressão, Manzano ressaltou que o objetivo da reunião era definir a forma para retorno dos trabalhos dos técnicos da Cemat à aldeia, e não julgar o acontecido.

Presente na reunião, o índio que ameaçou o eletricista reconheceu o erro e alegou estar psicologicamente abalado no momento do fato, devido à morte recente de um filho e um cunhado. Ele assumiu a dívida e disse que a comunidade não deve sofrer as consequências de sua atitude e se desculpou com o trabalhador, também presente. Como encaminhamento, foi definido que os eletricistas da Cemat serão acompanhados por um grupo de indígenas durante os trabalhos na aldeia por um período de tempo, e o serviço retomado nesta quarta-feira (15). (Com informações da Assessoria)





Fonte: A Gazeta

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