Tribunal manda servidores da Educação voltarem ao trabalho
O Tribunal de Justiça concedeu nesta terça-feira (21) recurso à Prefeitura de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá ) para que os profissionais da Educação retornem ao trabalho. O prazo estipulado para acabar com a greve é de 72 horas, após a citação. A decisão é da desembargadora Maria Helena Póvoas. Caso a decisão não seja cumprida, multa diária de R$ 20 mil e descontos em folha de pagamento dos dias não trabalhados podem ser aplicados. Os profissionais estão paralisados há 29 dias.
A administração, já informou, recorreu à segunda instância, após o próprio tribunal declarar nula a sentença da comarca local, na quarta-feira (15), que havia determinado o fim do manifesto, por incompetência. O Sindicato do Trabalhadores na Educação Pública de Mato Grosso havia recorrido da decisão.
O prefeito Juarez Costa disse, que não pode fazer mais nada "Fomos ao limite. Não há mais como avançar. Não existe possibilidade. Seria comprometer as finanças do município e muitos professores estão entendendo. Acho que o Sintep tem que passar a verdade principalmente para seus sindicalizados. Não dá mais avançar".
Os servidores estão cobrando reajuste de 6,2% retroativo (janeiro a março) pago em única parcela, na folha deste mês. Porém, o prefeitura argumenta que só pode pagar em seis vezes. O valor estimado é de R$ 555 mil. Apesar disso, alguns profissionais de várias escolas e creches voltaram ao trabalho.
O sindicato também quer a equiparação salarial de 30 horas semanais a todos os cargos (apoio, administrativo e técnico educacional) e que seja mantido o salário correspondente a 40 horas. A prefeitura alega que isso causaria um impacto de cerca de R$ 20 milhões e, "no momento, o município não tem condições".
Pelo menos oito mil crianças e adolescentes estão sem aulas em Sinop. Algumas escolas e creches já retornaram as atividades, cerca de 5,1 mil estão em sala de aula.
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