Júlio Campos defende internação compulsória de dependentes de crack
Em função do caos instalado em todo o país com a epidemia do crack, o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) tem desenvolvido ações para amenizar os problemas causados pela droga e apoia o projeto de lei, do deputado Osmar Terra (PMDB/RS), que defende a drástica medida de internação compulsória e involuntária dos dependentes de crack.
“Sou favorável à internação compulsória em casos de dependência do crack, pois, o usuário deste tipo de droga está totalmente prostrado ao vício. Ele tem que ser visto como uma pessoa doente, que precisa ser submetida urgentemente ao tratamento e reabilitação”, afirmou o democrata.
O parlamentar busca amenizar o problema e teve uma emenda de sua iniciativa aprovada pela presidente Dilma Rousseff no Plano Plurianual (PPA – 2012/2015) com a indicação de implantação e estruturação de 2 mil Centros de Reabilitação e Acompanhamento de Dependentes Químicos. Os principais locais são as capitais e municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes até 2015, com investimentos de até R$ 4 bilhões.
Campos lembra que um dos conceituados médicos brasileiros, o Dráuzio Varella, também é defensor da medida. De acordo com o especialista, o crack é de uso compulsivo, porque vai dos pulmões ao cérebro em menos de 10 segundos. Toda droga psicoativa com intervalo tão curto entre a administração e a sensação de prazer provocada por ela, causa dependência de instalação rápida e duradoura. Segundo ele, as recaídas fazem parte do quadro, porque os circuitos de neurônios envolvidos nas compulsões são ativados toda vez que o usuário se vê numa situação capaz de evocar a memória do prazer que a droga lhe traz. Conforme Varella, a dependência assim como o câncer tem que ser tratado até mesmo com tratamentos agressivos. (Com assessoria)
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