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Polícia
Quinta - 23 de Maio de 2013 às 19:17

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Ida Feliz (Foto: globo news)

Ida Feliz foi sequestrada há quase um mês da residência da família adotiva em Cuiabá (Foto: globo news)

O delegado que investiga o desaparecimento da menina de origem dominicana, Ida Verônika Feliz, de oito anos, representou na Justiça um pedido de prisão preventiva contra os pais biológicos da garota. Para Flávio Stringueta, da Divisão Anti-Sequestro, o casal é o principal suspeito de ter mandado sequestrar a menina da família adotiva, que está desaparecida há quase um mês em Cuiabá. “Com as prisões teremos um apoio mais imediato das policiais internacionais”, salientou o delegado.

O pedido de prisão preventiva e outro procedimento de interceptação telefônica tramitam desde esta quarta-feira (22) na 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da capital. O juiz auxiliar Jamilson Haddad Campos analisa a legalidade dos pedidos.

Os pais biológicos de Ida, uma dominicana e um italiano, que não mais estariam no país, foram presos no Brasil por envolvimento com o tráfico de drogas em 2006. A mãe de Ida foi detida em um apartamento em Florianópolis (SC) com três mil comprimidos de ecstasy. Ela foi condenada a cumprir 10 anos de prisão. Ainda quando estava presa, ela obteve na Justiça a progressão de regime. Beneficiada pelo semiaberto, a suspeita fugiu da prisão em 2010 e não voltou mais. Já o pai da menina dominicana, foi expulso do país em 2009 após ser preso em Mato Grosso pelo mesmo crime.

Além de Ida, o casal teve um outro filho no estado de Santa Catarina que, semelhante à irmã, foi sequestrado da família adotiva. A Interpol, a Polícia Internacional, foi acionada pela Polícia Civil de Mato Grosso para localizar a criança.

Até o momento, circula no país e no exterior, via Interpol, o retrato falado de dois suspeitos envolvidos no sequestro da garota. Um deles, invadiu a casa da família adotiva da menina armado e fugiu com ela em um veículo. O outro comparsa enviou uma mensagem de texto, no mesmo dia do sequestro, da cidade de Matupá, a 696 quilômetros de Cuiabá, exigindo a saída da polícia nas investigações. Nenhum deles foi preso.

Nesta quarta-feira (22), a mãe adotiva da menina, Tarcilia Gonçalina de Siqueira prestou novo depoimento à Polícia Civil. Ela reforçou as informações prestadas no primeiro depoimento, com mais detalhes da rotina de Ida Verônika. Ao G1, ela afirmou que a saudade da filha adotiva aumenta a cada dia. “ A minha vida, a minha alegria acabaram. À noite eu não consigo dormir. A casa parece que ficou maior com a ausência dela”, disse.

No início deste mês, a família realizou uma passeata na região central de Cuiabá para colocar o caso em evidência. Fotos de Ida Verônika circulam pela internet e, inclusive, foi replicada por famosos e personalidades da mídia em diversas redes sociais.

Adoção

Ida Feliz foi sequestrada da casa da família adotiva há 4 dias (Foto: Reprodução/TVCA)

Ida Feliz foi sequestrada da casa da família adotiva há 4 dias
(Foto: Reprodução/TVCA)

Ida Verônika foi deixada em um quarto de hotel da capital mato-grossense, quando ainda tinha quatro meses de idade, pelos pais biológicos. A menina foi cuidada pela camareira que, meses depois, se tornaria irmã de criação. Após ser acolhida em um abrigo para menores, a mãe da camareira obteve na Justiça a guarda da menina. Ida ficou sob a guarda da família adotiva por oito anos. No período, os pais biológicos faziam contatos com menina por telefone. Na última ligação, o pai da menina teria dito que iria lutar pela guarda definitiva da filha.





Fonte: Do G1 MT

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