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Polícia
Sexta - 24 de Maio de 2013 às 07:00

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As famílias que denunciaram abuso de autoridade dos policias militares no bairro Jardim Leblon em Cuiabá alegou – nesta quinta-feira (23) na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – que estão sendo coagidos pelos PMs envolvidos. A agressão já formalizada na Corregedoria da Polícia Militar ocorreu no último dia 11.

A matriarca de família Nascimento, Selma Lopes de Abreu Nascimento, afirmou que dias depois da primeira agressão, os PMs tentaram novamente entrar em uma das residência. “Nós não poremos trabalhar, estamos sendo intimidados e ameaçados pelos policias. Eu sou professora e não é justo eu trabalhar 40h semanais e não ter o direito de ir e vir.
Naquele dia meus filhos e sobrinhos apanharam e dias depois, em uma terça-feira, eles [PMs] tentaram entrar na casa novamente”, relatou.

Para Selma, os valores de segurança foram perdidos e hoje ela paga para ser ‘assegurada’ por ‘bandidos’. “Hoje eu pago meus impostos para manter bandidos fardados. São duas famílias que estão a mercê desses bandidos fardados”, lamentou.

Segundo o Corregedor da Polícia Militar, Alexander Maia, situações como essas variam de acordo com os fatos e explica que a vítima deve registrar a queixa de perseguição na Corregedoria. “As situações variam de acordo com os fatos e a vítima deve formalizar isso na corregedoria para que eu possa recebê-la”, sugeriu.

Ainda de acordo com Maia, perseguição e intimidação ocorrem em 60% dos casos de agressões e quando a vítima busca a Corregedoria o método da repreensão formalizada e direta com os policiais envolvidos resolve 95% dos casos. Segundo ele, “em casos mais extremos, o agressor pode sofrer prisão administrativa, transferência de unidade e outras medidas”.

Comissão

Membro da Comissão dos Direitos Humanos, Alexandre César, aproveitou o momento para lembrar que está não é a primeira atuação abusiva feira pela polícia. “Situações como essas lembra a que ocorreu com os estudantes da UFMT. Porém, é diferente pois naquela ocasião havia uma situação de crise, mas no caso dessa família a crise foi gerada pelos próprios policias”, comparou.

O caso

Um dia depois da agressão uma das vítimas, Eliane Nascimento Siravegna, registrou o incidente em sua página da rede social Facebook. Segundo ela, a confusão iniciou quando um adolescente sem habilitação e em uma motocicleta foi abordado por Policias Militares em próximo à residência. Esse nada sofreu e evadiu do local deixando a motocicleta para traz. Já sua família e parentes foram espancados pelos policiais.
 






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