Crime completa um ano sem solução; familiares realizam missa
Um ano após a morte da jovem Juliene Anunciação Gonçalves, 22, cujo corpo foi localizado nu e pendurado no corrimão da arquibancada no Mini-estádio do Botafogo, localizado NO CPA 2, em Cuiabá, no dia 28 de maio de 2012, o crime continua sem solução e segue em investigação pela Polícia Civil, mas sem qualquer suspeito preso. Familiares e amigos da jovem continuam sofrendo e esperam que o crime não fique impune. Os pais da jovem, ainda choram pela morte a filha e nesta terça-feira (28), quando o caso completa 1 ano, organizam uma missa na Igreja do Divino no CPA 1 às 19h. Amigos e colegas da família estão convidados.
A delegada do caso, Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) que nos primeiros meses depois do crime pediu prorrogação do prazo a Justiça para dar continuidade as investigações, diz que sua vontade era que caso tivesse sido concluído, mas isso não foi possível. Ela não dá detalhes da atual fase da investigação, informando apenas que existem suspeitos e que o vendedor Antônio Rodrigues Silva dos Santos, 35, que na época foi preso em flagrante e chegou a ser indiciado pelo crime, mas não foi denunciado e ganhou liberdade depois por falta de provas que o ligava ao crime, continua como suspeito.
Antônio foi preso em flagrante na época do crime que depois foi convertida em prisão temporária (30) dias pela Justiça. Mas a defesa dele recorreu e conseguiu relaxar a prisão por falta de provas técnicas que o ligava ao crime, pois a na época a delegada Anaíde de Barros já tinha indícios de autoria do crime que apontavam para ele, mas não possuía qualquer prova concreta como exames ou laudos que pudessem incriminá-lo. Assim, ele ganhou liberdade no dia 26 de junho do ano passado, concedida pela juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá que entendeu a prisão do acusado representava constrangimento ilegal, por excesso de prazo.
Mas ele segue como suspeito, de acordo com a delegada Anaíde de Barros. A última movimentação no processo verificada no site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) é do dia 29 de junho de 2012. “Somos seres humanos queremos que a justiça seja feita. Juliene uma jovem que teve sua vida interrompida não é justo que o suspeito viva normalmente sem sofrer uma punição”, relata uma amiga da jovem que também cobra por uma solução para o crime.
O crime
O corpo da vendedora Juliene Anunciação Gonçalves foi localizado nu amarrado pelo pescoço pela calça da vítima e pendurado no corrimão da arquibancada no Miniestádio do Botafogo, localizado CPA 2. A Polícia Civil informou à época que o assassino tentou simular um suicídio, tese descartada logo no início das investigações apontaram Antônio Rodrigues Silva dos Santos como sendo a última pessoa que esteve com a jovem na noite anterior após conhecê-la em um pagode da região. Em depoimento ele admitiu que deu carona à vítima, mas negou que tivesse a matado. Porém, o celular da jovem foi localizado dentro do carro do suspeito bem como pedaços de fio de eletricidade semelhante ao utilizado para asfixiar a vítima. Então a delegada Anaíde de Barros solicitou a prisão preventiva do acusado que foi deferida pela Justiça e no mês seguinte relaxada por falta de provas contra ele.
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