Além dos PMs, que forneceriam armas para os bandidos, foi preso um líder comunitário
Gaeco e PM prendem 16 por tráfico; 2 são policiais militares
Dois policiais militares estão entre os 16 presos numa operação conjunta entre o Gaeco e a própria PM, durante a Operação Inversão, que visa a combater uma quadrilha especializada em assalto a estabelecimentos comerciais na Grande Cuiabá, e também envolvimento com o tráfico de drogas.
Os soldados Edmar Lima Barreto e Augusto Carlos de Campos são lotados em batalhões da Capital. A lista se completa com um líder comunitário.
O esquema envolve também dois presos, que, atrás das grades, com o uso de telefones celulares, comandavam as ações criminosas, executadas pelos demais integrantes do esquema que estava aterrorizando a Capital e Várzea Grande, há dois anos.
Pelo esquema, o bando obtinha apoio logístico dos policiais militares, que lhes forneciam armas e veículos para a prática de assaltos e também para o tráfico de entorpecentes.
Segundo as investigações, os policiais se comportavam como verdadeiros serviçais dos criminosos. “Até mesmo, a utilização de viaturas oficiais era feita para a entrega de marmitas aos componentes da quadrilha”, destaca denúncia do MPE.
As atividades do bando eram comandadas por dois detentos da Penitenciária Central do Estado, em Paschoal Ramos, na Capital. De dentro do presídio, eles dirigiam as ações do restante do grupo, além de encomendarem o envio de drogas para o interior do estabelecimento prisional.
As investigações apontam que a participação dos PMs era mais intensa. Eles são acusados de favorecer as três quadrilhas com a falsificação de documentos para veículos de origens ilícitas e a negociação de veículos dublê e financiamento.
“No caso dublê, usava-se uma placa de um veículo que roda normal num roubado. Somente com a checagem do chassis é que se descobre o esquema. No caso do Finan, compravam-se veículos financiados e com busca e apreensão, mas, trocando a documentação, nunca seria localizado”, explicou um policial.
Segundo o Gaeco, foram expedidos 21 mandados judiciais, sendo 16 de prisão e cinco de busca e apreensão contra três grupos criminosos interligados formados por detentos dos presídios da Grande Cuiabá, além de suspeito de tráfico, assalto, os dois PMs assaltantes, policiais militares e o líder comunitário Antonio Marcos do Nascimento Lemos, de Cuiabá.
Os 16 envolvidos foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, roubo e associação ao tráfico.
Já estão presos :
Antônio Marcos do Nascimento Lemos – líder comunitário
Oscarlindo da Silva Evangelista
Antônio Henrique de Carvalho Neto
Marcos Máximo Santana
Bruno Aparecido Maza
Augusto Carlos de Campos – policial Militar
Edmar Lima Barreto- policial Militar
Jorge Adriano Santana de Campos
Roberto Benedito de Santana Beto
Fernando Rodrigues Leite
Leonardo Neves Oliveira
André Luiz de Souza Rondon
Comentários