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Quarta - 29 de Maio de 2013 às 09:03

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MidiaNews/Reprodução
Fachada do Pronto Socorro; no destaque, repórter e drama de mãe: atendimento precário
Fachada do Pronto Socorro; no destaque, repórter e drama de mãe: atendimento precário
O programa Profissão Repórter, da Rede Globo, mostrou a situação caótica de falta de leitos no país. Em Cuiabá, foi retratado o problema da falta de UTI pediátrica no Pronto Socorro. O drama de duas crianças foi mostrado para o país. Pior: uma delas, um bebê de apenas 1 ano, com problemas cardíacos, morreu por falta de atendimento adequado.

A repórter Eliane Scardovelli mostrou que as crianças são atendidas de forma precária e improvisada, na chamada “Sala Amarela”, reservada a cuiados intermediários.

Outra criança também sofria por falta de atendimento de um médico pneumologista.

“A assessoria quer que a gente vá embora, mas eu não vou sair daqui enquanto esse bebe não for transferido”, disse a repórter.

Segundo Iracema de Queirós, superintendente do PS de Cuiabá, o déficit de leito é de 50%.

"Guerra" e "bomba atômica"

O secretário de Saúde Kamil Fares foi entrevistado, e disse que o Pronto Socorro de Cuiabá é uma “bomba atômica”.

“Hoje é uma guerra... Eu estou como secretario de Saúde e não imaginava que a nossa condição fosse tão grave. É uma bomba atômica; salve-se quem puder. Vamos fazer o máximo para resolver esse problema emergencial. Vamos alugar um hospital fechado para fazer todos os procedimentos de alta complexidade”, disse.

“Na verdade, a vida é assim mesmo, não sou resignado. Infelizmente, hoje, é uma questão muito preocupante. Muita gente morrendo hoje sem necessidade de morrer”, afirmou Fares.

O bebê de apenas 1 ano, Hian, foi transferido para a clínica Femina, da família do secretário Kamil Fares.

Médica chora
A médica pediatra Débora Gouget chorou diante das câmeras do programa. “A pressão que vocês fizeram foi superpositiva no caso dele. O ser humano não pode ser tratado dessa forma. Se falta vaga de UTI, as pessoas têm que se reunir e convencer as autoridades que é necessário”, disse.

Depois de 10 horas de ser transferido para a Femina, Hian morreu.
 
Clique AQUI e assista o programa (os trechos que retrataram Cuiabá começam aos 03:41 minutos; 08:59 e 05:28 do segundo bloco)





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