Adiada audiência de delegado de MT suspeito de apoiar tráfico de drogas

 A Justiça determinou que a audiência de instrução e julgamento do delegado João Bosco Ribeiro de Barros e da mulher dele, a investigadora Gláucia Alt, acusados de proteger uma quadrilha de traficantes que atuava em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, seja realizada nos dias 7, 10 e 17 de fevereiro. O processo, que tem 15 réus, tramita na Vara Especializada de Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública da capital.

 

OG1 tentou entrar em contato com o advogado do casal, mas ele não atendeu as ligações. No entanto, em depoimentos anteriores o delegado e a investigadora negaram qualquer tipo de envolvimento com os traficantes e contestaram a denúncia do Ministério Público.

 

Inicialmente, a juíza Selma Rosane Arruda havia determinado a audiência de instrução e julgamento para os dias 11, 13 e 16 de dezembro do ano passado, mas remarcou para os dias 7, 8 e 9 de janeiro deste ano pela falta de defesa preliminar dos réus. Porém, de acordo com informações da assessoria do gabinete da magistrada, Bosco, Gláucia e um terceiro réu conseguiram habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso que suspendeu a audiência. A juíza, então, redesignou as datas para fevereiro.

 

Bosco e a mulher cumprem prisão domiciliar e respondem a processo por associação ao tráfico e formação de quadrilha. Segundo o Ministério Público, a dupla dava apoio a traficantes em troca de vantagem financeira.

 

No ano passado, o casal foi preso três vezes, sendo a primeira dela no mês de junho, durante a Operação Abadom, desencadeada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) de Várzea Grande, mas foi solto pela Justiça, que depois decidiu que os dois deveriam ficar presos em casa.

 

O delegado e a investigadora foram afastados das funções na Polícia Civil, mas continuam a receber os salários. Além deles, outros quatro policiais civis são réus na ação.