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Polícia
Sexta - 31 de Maio de 2013 às 09:43

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Presos que sofriam tortura na área de isolamento da Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis foram retirados das celas que ocupavam após denúncia da defensora pública Jacqueline Gevizier Nunes Rodrigues.

Uma série de irregularidades foi constatada na unidade, depois de uma visita de integrantes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, membros do Conselho Estadual de Defesa de Direitos da Pessoa Humana, do Ministério Público, entre outros.

O coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, Roberto Tadeu Vaz Curvo, esteve no local depois da denúncia de tortura e afirmou que a unidade prisional se trata de uma cadeia pública improvisada.

De acordo com Curvo, presos de regime fechado e semiaberto se misturavam no local, em celas com pouco espaço para confinamento e quentes, "semelhantes às estufas".

"Em que pese a cela de isolamento se encontrar limpa, é uma dependência muito pequena, com calor excessivo com pouca luminosidade, em condição desumana", afirmou.

O defensor foi informado pelo secretário-adjunto de Direitos Humanos, Valdemir Pascoal, de que a pasta anuncia até a próxima terça-feira (4) as medidas que serão adotadas.

“A prisão é para reprimir e reeducar, só que lá a repressão estava excessiva e o sistema a reeducação totalmente prejudicado”, disse o defensor.

O fato

A Defensoria Pública recebeu a denúncia das más condições da unidade por meio de um pai de um preso. Ele informou que o filho havia sido transferido da cadeia pública de Rio Branco, colocado no isolamento e agredido por agentes prisionais.

Acompanhada do delegado Luiz Henrique Damasceno e mais três investigadores, a defensora Jacqueline Rodrigues foi até a cadeia de Campo Novo do Parecis averiguar a denúncia.

Ela constatou que quatro reeducandos que estavam no isolamento e haviam recebido jato de gás de pimenta, que atingiram os olhos e parte dos corpos.

Dois deles ainda apresentavam lesões corporais e foram encaminhados para exame de corpo delito.

A defensora pública pediu ao Juízo da comarca da cidade a interdição do local. Até quarta-feira (29) não teve resposta.

 

 

 






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