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Política
Sexta - 31 de Maio de 2013 às 20:55

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A bancada republicana da Assembleia Legislativa parece não estar levando muito a sério a afirmação do senador Blairo Maggi (PR) de que não disputará a eleição ao governo do Estado em 2014. Os parlamentares concordam com a justificativa do congressista de que ainda é muito cedo para falar sobre o tema, mas enfatizam que ele mudará de opinião, assim como fez anos atrás.

O deputado Emanuel Pinheiro, secretário-geral do PR, avalia como positiva e diz encarar com “bons olhos” a resposta de Maggi sobre a eventual candidatura. Isso porque, segundo ele, o senador sempre negou que disputaria todas as eleições das quais participou anteriormente, passando a mudar de ideia conforme o período de campanha se aproximava.

“Eu vejo isso, de certa forma, até como positivo. Em 2002 ele falou que não seria candidato. Em 2006 disse que não tentaria reeleição, tentou e ganhou. Esse é o estilo Blairo Maggi, então recebi animado a notícia”, pontuou.

Partilham da mesma opinião os deputados Sebastião Rezende e João Malheiros. Ambos avaliaram que Maggi é atualmente a maior liderança republicana e uma figura que já contribuiu muito para o Estado.

Eles também defendem o posicionamento do senador de não querer adiantar a discussão sobre a eleição, que normalmente se inicia apenas no segundo semestre do ano anterior ao pleito. Esta, para eles, seria uma forma de autopreservação. Contudo, partilham do entendimento de que não há dúvidas de que Maggi repensará o assunto.

“Por que antecipar? Acho que não é o momento oportuno. Maggi está certo. Temos condições plenas de disputar, mas ainda não é o momento para se discutir a sucessão”, diz Malheiros. “Tudo é possível sobre o Maggi mudar de opinião. Por enquanto, ele tem que ter tranquilidade para exercer o mandato”, completa Rezende.

Já o deputado Wagner Ramos aproveitou o ensejo para criticar as legendas que teriam antecipado, em nível nacional, a discussão, provocando um “efeito dominó” nos Estado. Os responsáveis seriam o PMDB e o PT, que já anunciaram abertamente que manterão a coligação que venceu a disputa, em 2010, à presidência da República.

“Tivemos dois partidos que adiantaram a discussão em nível nacional. Temos que aguardar. Acreditamos na possibilidade de que Maggi venha a ser o candidato do PR”, opinou.

O próprio senador, apesar de ter enfatizado que este é assunto encerrado para ele, deixou em aberto a possibilidade de mudança ao dizer que a legenda tem o direito de tenta convencê-lo daqui para frente. Argumentou, no entanto, que está desanimado com a candidatura, por enquanto.

“Meu posicionamento já é de conhecimento de todos. Tenho reafirmado que não vou me candidatar em 2014. Vi que meu partido estava me pressionando e minha decisão, neste momento, é de não disputar. Esse processo começou muito cedo. Estamos no meio dos mandatos dos governadores. Não tem como discutir eleição no meio do mandato. Não concordo com esse tipo de situação”, pontuou.
 






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