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Cidades
Quarta - 05 de Junho de 2013 às 14:48

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A tarifa do transporte coletivo municipal vai ser reajustada, mas apenas no final do ano. É o que garantem representantes do setor, mesmo após o anúncio do reajuste dos funcionários do sistema, de mais de 10%, concedido na última semana. O custo, que refletiria em incremento de pelo menos 5,5% no valor da tarifa cobrada do usuário, hoje em R$ 2,95, só será analisado no momento em que for montada a nova planilha.

 
Presidente da Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (MTU), Ricardo Caixeta explica que desde que a tarifa foi alterada, em dezembro do ano passado, o custo do diesel foi aumentado em cerca de 7,5%. “Isso não ocorreu de uma vez só, mas 6 vezes. Não há uma alteração a cada mudança nos custos do transporte e o mesmo vale para este momento, mesmo após uma negociação salarial”.
 
Se vale para correções que aumentariam o preço da passagem, a explicação é usada no abatimento gerado pela isenção de impostos federais, como o PIS e Cofins, que geraram economia de 3,65% nos custos. Caixeta salienta que parte deste valor acabou sendo absorvida na diferença entre o que foi calculado na planilha tarifária, que previa uma passagem de R$ 3,02, e o que foi efetivamente definido pela prefeitura, R$ 2,95. “Esse déficit gerado, de pouco mais de 2%, faz com que o valor real do desconto seja de pouco mais de 1%”.
 
Mesmo assim, garante o presidente da MTU, a desoneração, iniciada em 1º de junho, será levada em consideração no momento em que um novo cálculo do preço da passagem for efetuado, no final do ano. “Tudo é analisado, desde os aumentos, caso do diesel e dos salários, até as reduções, que podem minimizar o reajuste. Não dava para, em dezembro, fazermos a previsão de um desconto que só ocorreu 6 meses depois”.
 
Caixeta negou que o cálculo da tarifa realizado no ano passado tenha levado em consideração um número maior de cobradores do que o real. “Quando foi feito o cálculo, era aquele o número de cobradores existentes no sistema. Se eu colocasse um cobrador para cada motorista, como acusam, o preço chegaria, facilmente, a R$ 3,26”.
 
Em mãos, ele tem um estudo que mostra que o número de passageiros que utiliza dinheiro como forma de pagamento cai a cada ano e hoje não passa de 4 por viagem. “Não acho que seja justo, por conta de um número pequeno de pessoas e diante de tantas opções para o uso do cartão, penalizar os demais passageiros”.
 
Um dos fatores de preocupação do presidente da MTU é a redução no número de passageiros, que em 3 meses atingiu 11%. A queda foi motivada pela redução no número de viagens dos ônibus, por conta da demora ocasionada pelas obras de mobilidade urbana. “Como os ônibus rodam mais tempo para completar a viagem, há uma redução no número de passageiros, mas isso não se reflete no custo de operação do sistema. É algo que nos preocupa”.
 
Atualmente, a frota de Cuiabá é composta por 380 ônibus, de 3 empresas, que atendem em média 230 mil passageiros por dia útil.
 





Fonte: A Gazeta

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