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Cidades
Quinta - 06 de Junho de 2013 às 07:48

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Ao menos quatro imóveis situados nas proximidades do Morro da Luz, na avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), em Cuiabá, devem ser implodidos em breve para dar espaço às obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Referência no assunto, a Fábio Bruno Construtora, empresa com sede na Barra da Tijuca (RJ), será a responsável por demolir os imóveis com o uso de explosivos.

Conforme publicado no Diário Oficial do Estado, que circulou no dia 16 de maio, mesmo sem ter concorrência, a empresa foi escolhida por meio do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) – modelo em que detalhes, como apresentação de projetos, são dispensados -, ao custo de aproximadamente R$ 3,6 milhões.

Paralelamente à situação, as partes atingidas, sobretudo os locatários, demonstram preocupação, sob alegação de a Secopa, até o presente momento, não ter emitido qualquer sinal quanto ao ressarcimento pelos prejuízos causados pela desapropriação.

“Temos conhecimento do que haverá por aqui. Pediram documentos, entregamos, mas ninguém da Secopa, inclusive o secretário Maurício Guimarães, é capaz de dar alguma previsão quanto ao pagamento do Fundo de Comércio. Mas uma coisa é certa: não sairemos daqui enquanto não formos ressarcidos”, afirma Miriam Costa, 1ª Tesoureira da Associação de Locatários e Comerciantes da Prainha.

Ela, que trabalha num dos estabelecimentos que serão alvo da demolição, contou que, dentre os documentos exigidos pela Secopa, estão comprovantes de faturamento das respectivas empresas dos três últimos anos.

Com base nesses comprovantes é que a Secopa deve apresentar uma proposta de ressarcimento aos locatários.

Já Marilene Pelissari Guimarães, dona de outro comércio que será atingido, ressalta que a indefinição quanto ao pagamento das indenizações e sobre quando se dará o início das desapropriações têm prejudicado a empresa financeiramente.

“Desde agosto do ano passado arcamos com o aluguel de outro espaço, para onde devemos nos mudar, além de gastar com a reforma do novo local. Fora isso, o estoque de nossas mercadorias também se alterou”, informa.

O titular da Secopa, Maurício Guimarães, informou que todos os valores serão pagos, mediante apresentação dos documentos, que, segundo ele, não foram entregues pela maioria dos locatários e proprietários dos imóveis.

Ele ainda não deu previsão de quando os imóveis serão implodidos.

“A região requer muitos cuidados, ainda não temos uma data certa de quando isso vai acontecer”, disse.

Além da implosão, a Fábio Bruno Construtora deverá realizar a fragmentação e reciclagem de material demolido.

O VLT é um metrô de superfície de 22 quilômetros de extensão, que atravessará por parte de Cuiabá e Várzea Grande.
 






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