Marcha das Vadias acontece em Cuiabá

Divulgação O nome pejorativo explica o preconceito que as mulheres sofrem.

Na década de 1960, feministas queimaram sutiãs em praça pública, pois consideravam a peça um símbolo da opressão machista. Em 2013, as mulheres ainda se reúnem para pedir que seus direitos sejam respeitados, e com isso, a Marcha das Vadias aporta mais uma vez em Cuiabá, neste sábado às 15h, na Praça Maria Taquara. É a segunda vez que a Marcha das Vadias vem à Cuiabá.

O movimento surgiu em 2011, no Canadá, após um policial se pronunciar sobre uma série de violências físicas e sexuais que acometeram as mulheres no país. O policial disse que “para as mulheres não serem violentadas, deveriam parar de se vestir como vadias”.

A frase chocou e revoltou mulheres ao redor do mundo, e culminou em um dos movimentos pelos direitos das mulheres que agregou mais países, através das redes sociais, principal ponto de articulação da Marcha das Vadias.

O nome pejorativo explica o preconceito que as mulheres sofrem e sofreram ao longo da história do mundo, e que foi demonstrado na frase negativa e carregada de preconceito proferida pelo policial, que supostamente deveria proteger a população.

No Brasil, por exemplo, as mulheres só tiveram o direito ao voto em 1946 e o argumento contrário ao voto feminino na Constituinte Brasileira de 1890, era que a proposta era “anárquica, desastrada, fatal e decretaria o fim da família brasileira”. O mesmo argumento que é utilizado aos que são contrários ao casamento gay.

Enfim, as “minorias” que atualmente já se encontram como maiorias, se reúnem mais uma vez, em um grito contra a repressão, para pedir mais respeito. A Marcha das Vadias costuma chocar, com mulheres com seios à mostra e frases de impacto pintadas em corpos desnudos.

A Marcha das Vadias tem início às 15h neste sábado, na Praça Maria Taquara, e o percurso deve seguir a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), passando pela Avenida Getúlio Vargas e com encerramento na Praça Santos Dumont, previsto para acontecer às 19h.