Polícia acredita que maioria dos casos ocorre por brigas familiares. Ajuda e informações da população auxiliam a encontrar crianças.
Mais de 120 crianças desapareceram em 5 meses em Cuiabá, diz polícia
De janeiro a maio deste ano, 128 crianças de zero a 17 anos de idade desapareceram em Cuiabá, conforme dados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na maioria das vezes, segundo a polícia, o desaparecimento ocorre por desentendimentos familiares. Ainda de acordo com a DHPP, em todo o ano de 2012, 785 casos foram registrados na capital.
Em um dos casos de repercussão, a criança Ida Verônica, de oito anos de idade, foi levada de casa no dia 26 de abril, em Cuiabá. De acordo com a Divisão Anti-sequestro, da Polícia Civil, a menina foi retirada da residência onde morava, no bairro Goiabeiras, por um homem armado que se dizia estar interessado em comprar um terreno. A polícia investiga agora a possibilidade da menina ter sido levada para a Itália pelos pais biológicos.
“Levar a imagem da pessoa desaparecida para a população ajuda e muito, porque nós sabemos que as pessoas ,que porventura tenham visto aquela criança na foto, nos trarão a informação através do nosso telefone 197”, afirmou o delegado da Polícia Civil, Silas Tadeu Caldeira.
De acordo com o delegado é necessário que as pessoas se preocupem em conhecer os vizinhos. “Isso é importante porque [os vizinhos] possam ver algo de anormal, por exemplo, uma pessoa que não tinha uma criança e passa a ter uma ao seu lado. É preciso informar [a polícia] porque essa criança pode estar desaparecida ou até mesmo raptada”, explicou o delegado.
No final de maio, uma mulher de 29 anos foi presa após sequestrar um bebê recém-nascido, no Bairro Pedra 90. Para a polícia, a suspeita confessou que o menino seria morto e seus órgãos doados para uma família no exterior.
Para ajudar a procurar crianças desaparecidas, a Ong Amigos do Bem, formou voluntários que fixam cartazes de vítimas em pontos estratégicos da cidade. A equipe também montou um site para divulgar as fotos das crianças desaparecidas. Além disso, as famílias que passam pelo drama também podem preencher um cadastro informando as características da criança.
“Nós pegamos dados dos bancos de São Paulo, do Paraná e também de Cuiabá para nos fornecer a informação. E depois disso divulgamos em todos os estados”, concluiu o presidente da Associação Amigos do Bem, Sadi Oliveira Santos.
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