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Cidades
Terça - 11 de Junho de 2013 às 07:36

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Sem o atendimento do governo do Estado às reivindicações de aumento do efetivo policial e da infraestrutura da segurança pública, prefeitos de diversos municípios começam a se organizar para implantar e custear por meios próprios ou parcerias a prevenção e o combate da violência.

Em algumas regiões o novo modelo de segurança já está em funcionamento.

Em Nova Mutum, a 264 quilômetros de Cuiabá, a prefeitura vem aplicando mais de 30 mil ao mês na segurança pública. Somente em recursos humanos, os gastos variam de R$ 25 e 30 mil. Noutras cidades, entre as quais Juara, Rondonópolis e Confresa, a criação de serviços de segurança está em fase de implantação ou debate.

Em Nova Mutum, município com quase 35 mil habitantes, que tem apenas 27 policiais militares, a prefeitura criou o Departamento de Segurança Pública, um órgão vinculado à Secretaria de Administração. Lá, por meio do programa “Jornada Voluntária”, os policiais (militares e civis) e os bombeiros recebem um salário extra que pode chegar a R$ 1,4 mil para trabalhar no horário de folga.

O prefeito Adriano Xavier Piveta destaca que o programa é uma parceria com o governo e os órgãos da segurança que tem o aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Câmara de Vereadores, que aprovou lei específica.

Em funcionamento há dois meses, Piveta garante que os resultados são visíveis nas áreas da saúde, no trânsito e crimes graves, como assaltos à mão armada, que vinham acontecendo com uma frequência preocupante, se tornando um pavor entre os moradores.

No trânsito, observa, permitiu maior fiscalização do respeito à sinalização, velocidade de tráfego e documentação dos carros e motos. Conforme ele, isso está mudando o hábito de trafegar sem documentos de habilitação e do veículo, dirigir em alta velocidade em áreas urbanas ou depois de ingerir bebida alcoólica.

Nos dois primeiros meses foram apreendidos 300 carros e motos sem documento ou por direção perigosa – com ingestão de álcool. Nos assaltos, além de prevenir, na maioria dos casos o ladrão(ou ladrões) acaba sendo preso.

Na saúde pública, a melhoria da segurança, garante, reflete diretamente na qualidade dos serviços do hospital municipal. Ele diz que o número de acidentes com vítimas caiu 80%, reduzindo no mesmo percentual os atendimentos de emergência por traumas e politraumas na unidade.

Assim, pondera, abre vagas e melhora o atendimento em outras áreas. “Só na redução dos custos na saúde recuperamos o dinheiro aplicado na segurança”, completa.

Piveta sabe que a segurança não seria uma obrigação do município, mas diz que a população cobrava e ele tinha consciência das necessidades do setor e precisava dar uma resposta.

Fundada à margem da rodovia federal 163, principal acesso a dezenas de municípios, e próximo do trevo da MT-249, o prefeito diz que a cidade de tornou alvo da violência por ser passagem e receber grande fluxo migratório.

O prefeito explica que o policial continua trabalhando em parte da folga naquilo que já fazia e recebe por hora/trabalhada, o que permite dedicar parte do descanso ao policiamento. Se tem uma jornada de 24 por 48 horas de folga na PM, por exemplo, pode dedicar 12 horas ao “Jornada Voluntária”.

PM - O major Cláudio Fernando Carneiro de Sousa, comandante da 1ª Companhia da PM, principal órgão de segurança da cidade, diz que o planejamento do Jornada Voluntária prevê ações de curto, médio e longo prazo. Enquanto os policiais militares estão no horário normal da PM atendendo chamadas ou fazendo ações preventivas, o grupo que faz expediente extra atua em frentes previamente discutidas.

O major observa que as ações são planejadas e debatidas por representantes da prefeitura com os comandantes locais de cada unidade da segurança(PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros).

 






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