Delegado deve concluir inquérito sobre morte de juíza em 10 dias
O delegado João Ferreira Borges Filho deve concluir o inquérito que investiga o assassinato da juíza Glauciane Chaves de Melo, 42 anos, antes do prazo máximo de dez dias. A expectativa pela rapidez é devido a prisão, ontem, do principal acusado de cometer o crime, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, ex-marido dela.
Segundo informações da Polícia Civil, faltam apenas duas testemunhas para depor e o delegado aguarda laudos periciais para concluir o inquérito. Durante depoimento ao delegado Arnaldo Agostinho Sottani, Evanderly se reservou o direito de permanecer calado.
Após a prisão, a Polícia Civil fez a reconstituição do local de crime e durante o trabalho. O suspeito contou informalmente detalhes de como ocorreu o assassinato. Segundo Sottani, o acusado contou que, no dia, foi até o fórum para conversar com a magistrada, pois não concordava com a separação e que desejava retomar o casamento.
Segundo informações da assessoria, o enfermeiro contou que já estava saindo do gabinete quando a juíza veio atrás e efetuou dois disparos na nuca. "A partir daí, ele diz não se lembrar de mais nada. Ao que tudo indica, ele sacou a arma e a juíza foi se esconder atrás da mesa", disse o delegado, que informou ainda que o corpo da magistrada foi encontrado próximo a mesa de trabalho. "Mas isso será melhor explicado pela perícia", complementou.
Ao delegado, o preso relatou que pensou em se entregar, mas teve medo de morrer por conta do cerco policial. Ele disse também que está arrependido e não se lembra de muitos detalhes do crime. Conforme Sottani, Evanderly foi autuado em flagrante por homicídio qualificado, motivo torpe, sem direito de defesa da vítima.
O delegado João Ferreira Borges Filho informou que o ex-marido da magistrada foi transferido, ontem, à Polinter, em Cuiabá, e permanecerá recolhido no anexo II, da Penitenciária Central do Estado (PCE).
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