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Política
Quinta - 13 de Junho de 2013 às 02:21

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Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (12.06), o senador Pedro Taques (PDT-MT) lamentou a situação da área de saúde em Mato Grosso. Para ele, o tratamento que o governo estadual dá ao setor tem sido “catastrófico, irresponsável e causa inúmeros transtornos ao cidadão que depende exclusivamente da ação dos entes públicos para ter saúde de qualidade”. Segundo o senador, o governo tem tentado maquiar o que vem ocorrendo nos últimos anos no estado.

Pedro Taques observou que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou sobrepreço nas compras de medicamentos da Secretaria de Estado da Saúde entre os anos de 2003 e 2010. O valor dos remédios chegaria a ser 300 a 400% acima do preço de mercado. De acordo com Taques, além de ter conhecimento dos casos por meio das notícias na imprensa, ele tem recebido dezenas de denúncias de pacientes que são obrigados a interromper o tratamento por falta de medicamentos.

“Além do sobrepreço, o TCU investiga a informação de que medicamentos de alto custo venceram dentro das farmácias do governo. Mas essa é só a ponta do ‘iceberg’”, apontou o senador.

Para Pedro Taques, a sucessão de erros e os atos de incompetência indicam a má gestão da saúde no estado. O senador também criticou os níveis de investimentos do governo estadual na área. Ele lembrou que o governador Silval Barbosa (PMDB) prometeu, na época da campanha, investir 15% do orçamento e está investindo pouco mais de 12%. Segundo o senador, das 120 Unidades de Pronto Atendimento (Upas) prometidas em quatro anos de governo, apenas 11 foram construídas até agora.

Taques disse que o Hospital da Criança não foi implantado e que a rede de hospitais públicos do estado não foi fortalecida, conforme promessas de campanha eleitoral. O senador lamentou ainda que seja feito tanto esforço para conclusão das obras da Copa do Mundo e tão pouco pela saúde pública.

“Isso é muito grave! O problema aqui não é a falta de recursos e, sim, má-gestão. É o dinheiro público escorrendo pelos ralos da corrupção. E quem paga a conta é o mesmo cidadão que morre nas filas dos hospitais por falta de atendimento ou que corre o risco de consumir medicamentos fora do prazo de validade”, afirmou.

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que é médico, parabenizou o colega pelo pronunciamento e disse que a situação de má-gestão na saúde é generalizada no Brasil. A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou que a questão da saúde é problemática e ressaltou a importância da vigilância do setor.

 






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