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Quinta - 13 de Junho de 2013 às 09:24

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Uma aposentada de 63 anos recebeu, da Farmácia de Alto Custo de Cuiabá, duas caixas de medicamentos que estavam vencidos há 8 meses. Maria Dunga Souza só se deu conta da situação após checar a validade do remédio depois das denúncias de que falhas na gestão teriam causado um desperdício de centenas de lotes.

Além de não sentir o efeito desejado e ter que conviver com dores, ela aguarda uma nova remessa para prosseguir o tratamento.
Maria conta que retirou duas unidades do medicamento Entanila Transdérmica 8,4mg no dia 6 de maio deste ano. “Percebi que o efeito não estava sendo o mesmo e mal conseguia me levantar de tanta dor. Minha situação só piorou e hoje vivo em desespero”.

Há 6 anos, ela sofre de Radicolopatia Lombar Múltipla, fato que acarreta muitas dores. Após ter visto as denúncias de que o Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas) mantinha em um depósito medicamentos vencidos, decidiu olhar a data de validade dos seus remédios. As caixas só poderiam ter sido usadas até setembro do ano passado. “Na hora entrei em desespero, porque além de não ver o efeito pensei que isso pudesse ter piorado minha situação e, às vezes, até piorou.

Cheguei a ligar para a Polícia, mas me informaram que tenho que procurar a Delegacia do Idoso para registrar uma queixa”. Mesmo depois de constatar que o remédio estava vencido, ela continuou a fazer uso do medicamento.“Não sabia o que fazer e achei melhor continuar a aplicar os adesivos, mas é nítido que não faz efeito nenhum, é como se eu estivesse sem nada, de tanta dor que sinto. Passo a maior parte do dia deitada e mal consigo andar”.

Os problemas foram constatados após complicação em uma cirurgia na coluna. “Os parafusos que foram colocados se quebraram na região lombar e tive que fazer enxerto ósseo para tentar consertar, mas fiquei com uma dor crônica”. Além desta operação, a aposentada passou por outras duas intervenções cirúrgicas.

O remédio tem o nome comercial de Durogesic e é indicado para o alívio da dor, considerado um analgésico narcótico. Cada caixa custa, segundo ela, R$ 750.“Fui aposentada por invalidez há 3 anos e tenho um marido em tratamento contra o câncer. Não posso pagar e conto com o Estado para me fornecer o medicamento. Tenho medo que com tanto remédio vencido minha situação tenha se agravado. Estou apavorada”.

Além deste medicamento, Maria faz uso de um remédio contra a depressão e outro para fibromialgia. “Além desse remédio vencido, nunca acho os 3 na Farmácia, está sempre em falta. Entrei com 3 processos para conseguir e mesmo assim não consigo”. Ela chegou a ir neste mês, mas não conseguiu nenhum dos medicamentos.





Fonte: A Gazeta

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