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Segunda - 17 de Junho de 2013 às 08:41

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Detento morreu em uma cela da Penitenciária Central do Estado, neste domingo (Foto: Tita Mara/G1)
Detento morreu em uma cela da Penitenciária Central do Estado, neste domingo (Foto: Tita Mara/G1)

Casos de tuberculose entre a população carcerária são uma constante. Segundo levantamento da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que administra o sistema prisional de Mato Grosso, em todas as unidades prisionais da Grande Cuiabá há casos da doença entre os detentos.

Neste domingo (16), o detento Alan Silva Arruda, de 25 anos, morreu em uma cela da Penitenciária Central do Estado (PCE), com sintomas de tuberculose. Segundo a família de Alan, mesmo após ter sido diagnosticado com a doença, ele não recebeu tratamento adequado.

A Sejudh diz que concluiu a realização de exames para detectar a doença entre os presos da PCE, da Cadeia Pública de Várzea Grande, localizada na região metropolitana da capital, e no presídio Ana Maria do Couto May, que abriga detentas.

A pasta que administra o sistema prisional, via assessoria de imprensa, afirmou que apenas na Cadeia Pública de Várzea Grande foram identificados oito detentos com a doença. Outros 11 estão sendo submetidos a tratamento preventivo porque tiveram contato com os doentes. O quadro epidemiológico pode ser ainda maior na PCE, que concentra a maior quantidade de detentos do estado e no presídio feminino. Mesmo sem ter o número preciso dos casos da doença nas duas unidades, a Sejudh confirmou que há presos doentes nesses locais.

A secretaria afirmou ao G1 que a meta da pasta é realizar exames preventivos e de tratamento aos doentes em 100% da população carcerária. A mobilização começou, segundo a pasta, em 2012. A Sejudh confirmou ainda ao G1 que é de sua responsabilidade, o tratamento clínico de detentos que estão nas penitenciárias e Centros de Detenção Provisória. Já aqueles que cumprem prisão nas Cadeias Públicas são encaminhados a tratamento que é disponibilizado na rede pública em cada município.

A pasta disse ainda que projetos de engenharia das novas unidades prisionais que serão construídas no estado foram formatados para captar uma maior ventilação no interior das celas, uma medida que, segundo a Sejudh, poderá diminuir a circulação do bacilo causador da doença.

Morte de Alan

Alan aparece na cela fazendo nebulisação para atenuar efeito da tuberculose (Foto: Arquivo Pessoal)

Alan na cela fazendo nebulisação para atenuar
efeito da doença (Foto: Arquivo Pessoal)

O detento Alan Silva Arruda morreu deitado em uma cela da PCE, neste domingo. Segundo a mulher dele, que não quis se identificar, o detento não recebeu cuidado médico condizente com a gravidade do caso. “Ele foi jogado no caminhão de lixo e levado para a enfermaria. O médico disse que ele não tinha nada. Ele não conseguia andar, não falava. Até o banho quem dava nele eram os outros presos”, afirmou.

“O meu marido começou a passar mal na última segunda-feira (10). Chegou na quinta-feira (13) ele não conseguia falar, andar e nem se mexer. Não comia e nem bebia”, complementou. O advogado da família, Luciano Pedroso de Jesus, afirmou ao G1 que vai requisitar exames no IML para comprovar que Alan morreu por complicações da tuberculose.

Para a Sejudh, Alan recebeu atendimento médico e foi diagnosticado com pneumonia. Quanto à incidência de tuberculose nos presídios, a Sejudh informou que, a medida que surgem suspeitas de casos, os presos são submetidos aos exames para diagnóstico e encaminhados ao tratamento, o que, segundo a pasta irá acontecer com os detentos que tiveram contato com Alan.

Sintomas da Tuberculose (Foto: Ministério da Saúde)Veja como são os sintomas e a transmissão da Tuberculose (Foto: Ministério da Saúde)




Fonte: Do G1 MT

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