Menino de 11 anos levou tiro no tórax perto de campus, em Cuiabá. Ele está em observação e quadro de saúde é estável.
Criança baleada por vigias do IFMT está internada e passa bem

A criança de 11 anos que foi baleada por vigilantes do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), em Cuiabá, está internada na enfermaria de um hospital particular e passa bem. De acordo com informações de familiares, Victor de Paula fará alguns exames na tarde desta quarta-feira (19) e está internado em estado de observação.

Nesta terça (18), ele passou por uma drenagem do pulmão durante os primeiros atendimentos no Pronto-Socorro de Cuiabá, antes de ser transferido. Uma bala, de um revólver calibre 38, perfurou a região do tórax e atravessou o pulmão do garoto, que também teve o rim atingido de raspão.

O disparo foi efetuado por vigilantes do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) na noite de segunda-feira (17). Na versão deles, Victor e outras duas crianças teriam depredado uma guarita abandonada do local e teriam sido confundidos com assaltantes, motivo pelo qual as armas de fogo dos vigilantes foram disparadas quatro vezes.

A família do menino nega qualquer tipo de depredação. Seu irmão mais velho contou para o pai que o IFMT está no caminho usado diariamente por Victor para voltar do colégio. Os meninos tinham saído da escola e, neste trecho, começaram a brincar chutando garrafas, o que chamou a atenção dos vigias.

Diante da história o pai de Victor, Erley, demonstrou indignação e questionou o preparo dos vigias, que acabaram presos em flagrante. Eles alegaram que somente atiraram para cima e para o chão ao se assustarem com a movimentação estranha. O advogado Neyman Monteiro, contratado para a defesa, informou que Cada um atirou duas vezes a título de advertência, da forma como são orientados a fazer.

Direção Geral do Campus Cuiabá – Bela Vista do IFMT - informou que está prestando todo o atendimento médico e hospitalar ao garoto. Ressaltou também que o incidente será apurado junto à empresa terceirizada responsável pelo serviço no campus.