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Polícia
Quarta - 19 de Junho de 2013 às 19:15

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Uma quadrilha que roubava bancos usando guarda-chuvas para enganar os sistemas de segurança das agências bancárias foi apresentada nesta quarta-feira de manhã, pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros de Campo Grande (MS).

Segundo as investigações, o bando criminoso era composto por parentes. Pelo menos cinco deles residiam no Distrito Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá. O grupo cuiabano da quadrilha ajudava o restante da família nos sinistros aos bancos. Pelo menos 15 ladrões foram presos na sexta-feira (14) e a polícia ainda procura por mais sete pessoas já identificadas.

Considerada pelo delegado Alberto Rossi - responsável pelas investigações - como a maior quadrilha de furtos de cofres bancários do país, o bando agia em Mato Grosso, Paraná e em Mato Grosso do Sul. Rossi frisa que os bandidos atuavam apenas em cofres e não em caixas eletrônicos. O cadeirante Joel do Oliveira, 36 anos, e é apontado como o mentor da quadrilha.

Os valores levados nos furtos não foram revelados, mas, conforme as investigações, em três ações, a família de ladrões conseguiu apurar R$ 1.5 milhão. Entre os últimos grandes sinistros está o furto a agência do Banco do Brasil, no Parque dos Poderes, em Campo Grande, no dia 3 de março deste ano.

Em Mato Grosso, os parentes teriam furtado agências em pelo menos quatro cidades. Em Cuiabá o grupo atacou agências do Banco do Brasil da Avenida da Feb. Em Várzea Grande, Prainha e Fernando Correa da Costa. Na agência do município de Nova Olímpia a quadrilha furtou R$ 120 mil e em Rosário Oeste levou R$ 35 mil.

O grupo também responde por outras quatro tentativas frustradas na capital sul-mato-grossense, além de um furto em Nova Alvorada do Sul (120 km de Campo Grande), no dia 6 de abril de 2013. Investigações apontam que a quadrilha pode estar envolvida ainda em furtos nos estados de Rondônia, Piauí e Santa Catarina.

O delegado explica que a forma de agir da quadrilha era sempre a mesma. “Eles só agiam aos fins de semana ou feriado. Faziam um buraco na parede e, utilizando o guarda-sol, enganavam o sistema se segurança, conseguindo chegar ao cofre. A ação durava de dois a três dias e só acontecia durante à noite”, comentou Rossi, em entrevista coletiva naquela capital.

Descobertos

A quadrilha levantou suspeitas ao começar a comprar bens de alto valor pagando à vista – e em espécie. Somente em Campo Grande, foram três casas em bairros nobres. Os parentes também compraram carros novos, mobiliaram casas inteiras e faziam viagens caras.

Eles pagavam em espécie, pois o dinheiro do roubo não poderia ser colocado em bancos. As agências necessitam informar ao Banco Central todo depósito ou retirada acima de R$ 100 mil. Quando se faz depósito de altas quantias, o depositante precisa declarar de onde vem o dinheiro.

A compra de um volume considerável de guarda-chuvas em uma loja - depois que os parentes já estavam sendo monitorados - foi o ponto de partida para a polícia chegar aos acusados.

 






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