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Política
Quinta - 27 de Junho de 2013 às 19:22

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Divulgação
Da base do prefeito Walace, vereador Miguel Baracat detona gestão de Silval na saúde e quer "tomar" o Hospital Metropolitano do Estado

O fechamento do Hospital Metropolitano de Várzea Grande por 6 dias, ocasionado pelo atraso de salários dos médicos que deixaram de atender na última sexta-feira (21), foi tema de questionamentos na Câmara Municipal de Várzea Grande. O vereador Miguel Baracat Neto (PT) criticou o governo do Estado que terceirizou a gestão da unidade para o Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas) e sugeriu até a possibilidade de o município de “tomar” de volta a unidade, que foi cedida ao Estado, que por sua vez, contratou a Organização Social de Saúde (OSS) para administrar. Agora o Ipas alega que o Estado deixou de honrar com os pagamentos em dia.

Após os 6 dias sem atendimento na unidade, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) anunciou na manhã desta quinta-feira (27) a reabertura do Metropolitano, pois os médicos aceitaram voltar ao trabalho.

Apesar de integrar a base de apoio do prefeito Walace Guimarães (PMDB) que é da mesma sigla do governador Silval Barbosa, o parlamentar de primeiro mandato, não poupou críticas ao governo peemedebista. “Sugiro que a gente se una para tentar trazer o Metropolitano de volta ao município para ser administrado pela Secrataria Municipal de Saúde. Acho que resolveria muito os problemas que estão ocorrendo hoje”, cutucou Baracat. “Não é possível Várzea Grande continuar como está”, emendou ele.

Ainda na tribuna, durante a sessão noturna desta quarta-feira (26), Miguel Baracat chegou a pedir apoio dos demais colegas de parlamento para discutirem a possibilidade de revogação da doação feita ao Estado. “Acho inadmissível isso acontecer e a gente não fazer nada”, desafiou o petista.

Quem aproveitou a deixa e pediu um aparte para criticar o governo do Estado e o descaso na área da saúde pública foi o vereador Pery Taborelli da Silva Filho (PV) que é oposição no Legislativo Varzea-grandense. “Tem pouco mais de um ano de funcionamento e o Hospital Metropolitano já está na UTI. Está prestes a morrer, tudo por causa de má gestão. O povo está morrendo por falta de saúde enquanto no ano passado o governo do Estado repassou R$ 78 milhões para a Assembleia Legislativa alegando excesso de arrecadação”, disse Taborelli que também alfinetou o prefeito Walace Guimarães. “Esse prefeito está só usurpando o município e não resolve nada, principalmente na área da saúde”.

Chico Ferreira
Fechamento do Hospital Metropolitano por 6 dias provocou bate-boca entre vereadores de VG

Por outro lado, Baracat elogiou o “ótimo atendimento no Centro de Especialidades Médicas, popularmente conhecido como Postão e sob responsabilidade do município. Disse que foi ao local e constatou a qualidade dos serviços oferecidos. Foi rebatido pelo vereador Wanderley Cerqueira (PSD) que provocou: “O senhor só foi bem atendido porque é vereador e o administrador de lá do Postão é o Mamão do PMDB”. Antes mesmo que Miguel Baracat usasse a “tréplica”, outra parlamentar entrou no meio e fez sua defesa. “Eu trabalho lá e posso afirmar que todos são bem atendidos independente de ser vereador ou não. O senhor não sabe o que está falando”, retrucou Miriam de Fátima Pinheiro (PHS) contra Cerqueira.

Metropolitano

O Hospital Metropolitano de Várzea Grande foi inaugurado no dia 2 de agosto de 2011 sendo a primeira unidade de saúde de Mato Grosso a funcionar por gerenciamento da uma Organização Social de Saúde (OSS), gestão polêmica implantada pelo então secretário de Saúde, Pedro Henry com aval do governador Silval Barbosa. Na época, a promessa era que o hospital se tornasse referência para os serviços de cirurgias gerais, traumatologia e ortopedia, além de ofertar serviços de imagem. Foi colocado como meta ao Ipas executar cerca de 500 cirurgias ao mês, 900 exames de imagem e 3,5 mil raio-x, incluindo atendimento ambulatorial. Mas esse número de atendimentos caiu ao longo desse 1 ano e 10 meses de funcionamento.

O Hospital Metropolitano foi construído com recursos da prefeitura de Várzea Grande num terreno cedido pelo Centro Universitário (Univag) com intuito de servir como unidade de ensino e pesquisa para a universidade localizada ao lado do hospital. Apesar disso, a administração do hospital ficou por conta do Estado que terceirizou para o Ipas.





Fonte: A Gazeta

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