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Polícia
Sábado - 06 de Julho de 2013 às 10:38

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Avião com 413kg de droga foi interceptado no Pantanal. (Foto: Assessoria / Polícia Federal)
Avião com 413kg de droga foi interceptado no Pantanal. (Foto: Assessoria / Polícia Federal)

Pelo menos cinco pistas de pouso clandestinas já foram identificadas pela Polícia Federal (PF), na região do pantanal mato-grossense, somente nos últimos três meses do ano. É por elas que quadrilhas especializadas do tráfico têm utilizado para a entrada de droga no Brasil.

O delegado Josean Severo, do setor de Combate ao Tráfico disse em entrevista ao G1 que tem realizado o monitoramento das pistas, que estão localizadas dentro de fazendas, em áreas de difícil acesso. Porém, os detalhes sobre o mapeamento das áreas e as cidades tidas como alvo dos traficantes não foram divulgadas.

"O pouso é rápido e as quadrilhas agem de forma minuciosa. Elas têm intensificado o uso da rota para o tráfico por meio aéreo pelo fato de saberem que estão em uma localidade em que a fiscalização policial é mais complexa, sem constância", pontuou.

Foi por meio de inúmeras denúncias dos moradores da região, aponta o delegado, que os agentes federais iniciaram o rastreamento das pistas clandestinas e da atuação diária dos integrantes das quadrilhas. Severo explica que equipes de policiais têm montado acampamento nos lugares considerados como porta de entrada para o trafico de drogas, o que têm resultado em grandes apreensões de entorpecentes.

"Diariamente recebemos informações de denunciantes de que muitas aeronaves estão sobrevoando fazendas e despejando a droga. Em alguns casos conseguimos o flagrante e em outros, não. Mas podemos constatar que as ações das quadrilhas intensificaram na região", avaliou.

A PF estima que uma tonelada e meia de droga tem entrado no pantanal, por meio de aviões de pequeno porte, a cada 15 dias. Na quarta-feira (3), uma denuncia levou a apreensão de 413 kg de cocaína e pasta base transportados em uma aeronave de origem boliviana. O flagrante ocorreu na área de reserva do Hotel Sesc Pantanal, em Poconé, a 104 km de Cuiabá.

Apesar da atuação criminosa ocorrer em uma pista de pouso regular, de propriedade privada, a quadrilha contou com o auxílio de um funcionário do hotel, responsável pela manutenção da reserva natural. Conforme a PF, a quadrilha cooptou o funcionário para dar apoio logístico pelo fato de se tratar de uma pista de pouso a 30 km da sede administrativa da empresa e quase sem movimentação.

Em depoimento à polícia ao ser preso, o funcionário confessou que receberia o valor de R$ 1 mil para ajudar os traficantes no transporte da droga em solo. Em nota, o Sesi Pantanal disse que lamenta o ocorrido na reserva natural e informou que estará colaborando com as investigações da polícia. Também que abriu uma sindicância interna para apurar o envolvimento do funcionário na ação criminosa.

Nessa ação, dois suspeitos foram mortos ao confrontar-se com agentes da PF. O delegado informou que tratam-se do copiloto da aeronave, de origem boliviana, e de um suspeito, brasileiro, que aguardava na pista para efetuar o pagamento.

Em 9 de maio deste ano, três homens foram presos na MT-060, conhecida como Rodovia Transpantaneira, próximo a Poconé, transportando 424 quilos de cocaína que tinham recebido de um avião de pequeno porte. A aeronave aterrissou em uma pista clandestina naquela localidade. Dois suspeitos, sendo o piloto do avião e um rapaz que dava apoio, conseguiram fugir.





Fonte: Do G1 MT

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