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Cidades
Segunda - 08 de Julho de 2013 às 10:00

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Os pacientes diagnosticados com asma, diabetes e problemas cardíacos são os principais prejudicados quando precisam de medicação da Farmácia de Alto Custo em Sinop. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Francisco Specian, a situação é crítica e a administração tenta ajudar de todas as maneiras. "O caos está instalado. Aumentou consideravelmente o número de liminar expedida para que o município compre as medicações que estão em falta", disse.

Segundo Specian, para tentar "amenizar" o problema os pacientes são orientados a procurar a defensoria pública e ingressar uma ação judicial. "Assim o juiz determina que o município compre o remédio. Depois o repasse de dinheiro do Estado para ressarcir", completou.

Atualmente, 150 pacientes recebem medicações por determinação da justiça. Os pacientes, segundo o secretário, ficam com o tratamento prejudicado. "É difícil, porque o município investe em exames periódicos e o Estado não entrega a medicação".

O secretário estadual de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, disse, na sexta-feira, em entrevista coletiva, que a Farmácia de Alto Custo nunca terá 100% de medicamentos. Já que todos os dias são feitos cadastros de novos pacientes, o que aumenta a demanda". Atualmente, faltam 51% de medicamentos, já que da lista de 197 remédios, faltam 100. Ele também declarou que já foram empenhados R$ 10 milhões para a aquisição.

No mês passado, centenas de remédios, com o prazo de validade vencido, para tratamento de doenças crônicas foram encontrados em um depósito na farmácia de Alto Custo, na capital. Várias caixas com antibióticos e remédios para câncer que podem custar até R$ 2 mil. Vinte servidores estaduais estão sendo investigados pela Auditoria-Geral do Estado (AGE).

A ouvidora-geral do Sistema Único de Saúde (SUS), Edna Marlene da Cunha Carvalho disse, em assembleia, no mês passado, com o Conselho Estadual de Saúde e o secretário da pasta, Mauri Rodrigues, que há mais de um ano 104 medicamentos de alta complexidade estão em falta. A maioria é essencial para que pacientes com doenças graves não venham a óbito. Em entrevista, a Gazeta Digital, Edna disse que "o fato é que as pessoas estão morrendo por falta de medicamentos. O estoque é zero, isso é gravíssimo".

Já Mauri rebateu dizendo que "o principal problema, não só em Mato Grosso, mas em todo o país, é a dificuldade para comprar esses remédios, a falta deles nos laboratórios".

 






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