Reivindicação é por reajuste salarial e redução da jornada de trabalho. Paralisação começou na última segunda-feira (1º) na capital.
Greve de enfermeiros e técnicos entra na segunda semana em Cuiabá
A greve dos enfermeiros e técnicos de enfermagem entrou na segunda semana nesta segunda-feira (8), em Cuiabá. A categoria, que atua em hospitais particulares da capital, anunciou a paralisação na última segunda-feira (1º) para reivindicar reajuste salarial e redução da jornada de trabalho. Cerca de 5 mil profissionais, de acordo com o sindicato da categoria, aderiram à paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, a greve é por tempo indeterminado e os profissionais cobram reajuste do piso salarial dos enfermeiros, de R$ 1.627 para R$ 2 mil, além de reajuste no valor da cesta básica, que hoje é de R$ 120. Para os técnicos de enfermagem, a reivindicação é de aumento do piso salarial de R$ 827 para R$ 1 mil e redução da carga horária de 44 para 30 horas semanais. "A única profissão que não tem jornada de trabalho definida em lei é a dos enfermeiros", reclamou o sindicalista”, reclamou.
Na sexta-feira (5), o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso, decidiu em audiência com os profissionais diminuir o percentual de enfermeiros de hospitais privados que devem trabalhar durante a greve. A decisão é de que no mínimo 50% dos enfermeiros devem atuar nas UTIs e CTIs dos hospitais e 30% devem atuar nos centros cirúrgicos, pronto atendimento e pronto-socorro. Anteriormente, a obrigação era de manter 70% e 50% do quadro em atividade, respectivamente.
Na audiência também foi determinado que um oficial de justiça fiscalize se a decisão do TRT está sendo cumprida. Já que o órgão recebeu reclamação dos dois sindicatos: o Sinpen afirmou que os profissionais têm recebido ameaças de demissão por parte da direção dos hospitais; já o sindicato patronal acusou que o percentual mínimo não estava sendo cumprido.
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