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Polícia
Segunda - 08 de Julho de 2013 às 21:48

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Marcus Vaillant/Arquivo
Somente casos de urgência e emergências serão atendidos.

Com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que reduziu de 70% para 50% o percentual mínimo de profissionais da enfermagem que devem permanecer em serviço nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e Centro de Tratamento Intensivo (CTI) dos hospitais, e de 50% para 30% o número daqueles que deverão continuar trabalhando nos centros cirúrgicos, pronto atendimento e pronto-socorro durante a greve dos profissionais, que teve início em 1º de julho, os hospitais particulares de Cuiabá ameçam fechar as portas. Somente casos de urgência e emergências serão atendidos.

No Hospital Santa Helena, por exemplo, referência em maternidade, a UTI Neo natal está com 100% de ocupação nos leitos e nem os 30% do número de técnicos de enfermagem compareceram para trabalhar. Segundo informações, apenas um técnico de enfermagem se desdobra para atender todos os bebês.

Conforme o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso(Sindessmat), é impossível garantir o direito à vida aos pacientes sem que os trabalhadores do setor estejam nos hospitais. "Respeitamos a decisão do TRT, entendemos que a greve é um direito constituído, mas o direito à vida é sagrado e com essa decisão não temos como manter um atendimento adequado à população", explica o presidente do Sindessmat, José Ricardo de Mello.

Segundo ele, um índice aceitável para garantir um atendimento com segurança para a vida dos pacientes seria de 70% nas UTIs e 50% em outros setores, como foi concedido de início. "O problema é muito sério. Estamos sem condições de atender. Em muitos hospitais nem 30% está comparecendo ao trabalho e alguns hospitais registraram boletins de ocorrência pela falta de profissionais nesse fim de semana", afirmou José Ricardo.

O Sindessmat está oferecendo 7% de reajuste no piso salarial, R$ 130 de cesta básica, o que representa o piso de R$ 885,51 para os técnicos de enfermagem, no total de R$ 1.015,51 com a cesta básica, sendo que a média nacional de convenções coletivas negociadas em outros estados é de R$ 850,00 no piso salarial dos técnicos e a maioria dos estados nem concedem cesta básica. O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem pede 21% de aumento com piso de R$ 1000,00 para os técnicos e cesta básica no valor de R$ 200,00. "Não podemos conceder um aumento acima da realidade do país. Muitas instituições vão fechar por não terem condições de pagar", afirmou Mello.





Fonte: A Gazeta

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