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Cidades
Terça - 09 de Julho de 2013 às 20:20

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Treze municípios de Mato Grosso foram apontados pelo Ministério da Saúde como prioritários para inclusão no programa Mais Médicos, que pretende levar mais profissionais de medicina para o interior do país ou regiões com carência de profissionais. Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, estão na lista assim como Porto Estrela, a 198 km de distância, que detém uma das menores populações do estado (confira lista abaixo).

A lista do Ministério da Saúde contém 201 capitais ou regiões metropolitanas brasileiras em que há populações em situação de maior vulnerabilidade, grupo no qual se inserem Cuiabá e Várzea Grande. Além dessas, a lista contém municípios com baixos índices de receita pública per capita ou alta vulnerabilidade social. Também foram incluídos 25 distritos sanitários especiais indígenas.

Município de Mato Grosso População
Alto Boa Vista 5.247
Cáceres 87.942
Campinápolis 14.305
Colniza 26.381
Cotriguaçú 14.983
Cuiabá 551.098
Gaúcha do Norte 6.293
Poconé 31.779
Porto Espiridião 11.031
Porto Estrela 3.649
Santo Antônio do Leverger 18.463
Várzea Grande 252.596
Vila Bela da Santíssima Trindade 14.493
Dados do Ministério da Saúde e do Censo 2010 do IBGE

As respectivas administrações municipais agora têm até o dia 25 de julho para aderirem ao programa Mais Médicos, atendendo aos requisitos de edital publicado nesta terça-feira (9) no Diário Oficial da União (DOU). Dentre os requisitos estão obras de reforma e adaptação das unidades de saúde que receberão os profissionais alocados pelo programa, o que pode ser feito inclusive com recursos oferecidos pela União.

O programa Mais Médicos prevê o reforço da capacidade de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da concessão de bolsas a partir de R$ 10 mil e ajuda de custo pagas diretamente pelo Ministério da Saúde aos profissionais que forem para as regiões designadas.

No caso de Mato Grosso, que se insere na zona da Amazônia Legal, esses profissionais poderão receber bolsas de R$ 30 mil, valor também oferecido para os médicos que se dirijam a regiões de fronteira ou distritos sanitários indígenas. Ao lado das novas políticas de formação de profissionais e de reestruturação de hospitais, o Mais Médicos é um dos eixos da força-tarefa lançada pela presidente Dilma Rousseff (PT) para promover um choque de gestão nos serviços de saúde, parte em resposta aos últimos protestos realizados no país.

Má distribuição de profissionais
Seu embasamento é o diagnóstico de má distribuição dos profissionais de medicina: 1,8 médicos para cada grupo de mil habitantes, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

No entanto, para a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso, Dalva Neves, o programa lançado pelo governo federal tenta “tapar o sol com a peneira” ao tentar elevar a qualidade dos serviços de saúde “num passe de mágica” sem proporcionar a devida estrutura para os profissionais. Para ela, a lista de municípios divulgada pelo Ministério da Saúde é uma “aberração”.

O argumento da presidente se baseia na situação de Cuiabá, capital e cidade mais populosa do estado, também inclusa na lista prioritária do programa Mais Médicos.

Na rede privada da cidade, atuam uma média de 7,28 médicos para cada mil habitantes. Já na rede pública, o número de médicos cai para 1,2, informa Dalva, disparidade provocada pela ausência de condições estruturais de trabalho e de carreira para o profissional de saúde.

“Os médicos estão estarrecidos com tudo que está acontecendo. Essa medida provisória é uma trapalhada. É uma incompetência total do governo federal e a cada dia eles tiram da cartola alguma coisa para jogar na opinião pública”, critica.





Fonte: Do G1 MT

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