Manifestações devem interromper o trânsito em três rodovias federais. Movimentos sociais e sindicais aderiram à mobilização nacional.
Protestos interditam rodovias federais em Mato Grosso nesta quinta
Manifestantes ligados a movimentos sociais bloquearam trechos de duas rodovias federais que cortam Mato Grosso, nesta quinta-feira (11). Até as 9h (horário de Mato Grosso) eles interditaram as BRs 364 e 163. No entanto, eles informaram à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que irão interditar cinco pontos das rodovias até as 17h, em adesão ao movimento nacional que deve ocorrer em todo o país. A orientação da PRF, é que os motoristas evitem trafegar por esses trechos para que não fiquem presos nos bloqueios.
Um dos pontos que já foi fechado no início da manhã fica próximo a uma usina hidrelétrica, na BR-364, em Jaciara. De acordo com um dos coordenados do Movimento Sem-Terra (MST), José Vieira, cerca de 200 manifestantes já bloquearam o trecho da rodovia e cobram reforma agrária. "Sem reforma agrária, não adianta ter educação, saúde, porque, antes disso, é preciso ter alimento", declarou. Ele afirmou que participam da mobilização integrantes do MST, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Movimento dos Trabalhadores Assentados (MTA), de Rondonópolis e Dom Aquino.
Também está interditado trecho da da BR-163, em Sorriso, em uma ponte sobre o Rio Teles Pires. Participam do protesto trabalhadores rurais, a maioria assentados, que também pretendem chamar a atenção do governo federal. A pauta de reivindicações dos assentados é extensa e consta, por exemplo, o assentamento imediato dos trabalhadores em terras da União e a pavimentação de rodovias e estradas vicinais.
Um dos trechos que devem ser bloqueados é o do Trevo do Lagarto, no entroncamento das BRs 070, 163 e 364, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Os manifestantes de vários movimentos sociais, inclusive do Movimento Sem-Terra (MST), também anunciaram a interdição do trevo entre a 163 e 364, em Rondonópolisx, a 218 km da capital, além de trecho da BR-070, na Serra do Mangaval, em Cáceresx, a 250 quilômetros de Cuiabá.
Apenas ambulâncias devem passar por esses trechos durante o período das manifestações.
Manifestação na zona urbana
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), de Mato Grosso, informou que seis entidades de classe apóiam o movimento e que haverá paralisação dos bancários, dos servidores federais e dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), nesta quinta-feira. Conforme o presidente da entidade, João Dourado, a adesão à mobilização nacional foi definida em reunião entre as centrais sindicais e movimentos sociais. Os bancários devem ser reunir no Centro de Cuiabá e as agências bancárias só devem abrir a partir das 13h.
Os servidores da UFMT, de acordo com a Associação de Docentes da UFMT (Adufmat), devem fazer mobilização durante todo o dia no campus de Cuiabá. Não deve haver aula na instituição de ensino. O presidente da Adufmat, Carlos Roberto Sanches, a paralisação é uma orientação da Associação Nacional dos Docentes (Andes).
Um grupo de trabalhadores rurais também devem fazer manifestação em Cuiabá. Conforme uma representante da Associação de Trabalhadores Rurais Recanto da Serra, os manifestantes seguirão em passeata da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), passando na frente do Palácio Paiaguás, sede do governo estadual, e da Assembleia Legislativa. Depois dessas duas concentrações, devem seguir até a Praça das Bandeiras e unirem aos médicos, que também devem estar paralisados.
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