Bloqueios em dia de manifestações atingem 5 rodovias de Mato Grosso
Os bloqueios do "Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações" atingiram ao todo cinco rodovias estaduais e federais em Mato Grosso até a tarde desta quinta-feira (11). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a última estrada interditada foi a rodovia federal BR-070, cujo fluxo foi interrompido por um grupo de aproximadamente 80 pessoas por volta das 14h na altura do km 732, perto do município de Cáceres (a 220 km de Cuiabá).
A PRF já estava avisada da possibilidade de interdição na rodovia e informou que o grupo de manifestantes lá é formado por membros de sindicatos rurais e alguns trabalhadores sem terra.
Por enquanto, assim como em outros bloqueios, eles permitem a passagem de alguns carros veículos - como ambulâncias e viaturas policiais. A expectativa da PRF, que monitora a situação no local, é de que os manifestantes liberem a estrada ao fim da tarde, mas não há ainda qualquer garantia de que isso ocorra.
Antes da BR-070, o fluxo de outras duas estradas federais foi comprometido nesta quinta-feira. Pela manhã, outros trabalhadores rurais interditaram trechos das BRs 163, em Sorriso (a 420 km de Cuiabá), e 364, na altura da Serra de São Vicente, entre Cuiabá e Jaciara (a 148 km). A BR-163 acabou sendo totalmente liberada por volta das 16h no km 738, anunciou a PRF.
Entre as estaduais, as estradas afetadas desde a manhã foram a MT-248, entre as cidades de Araputanga e São José dos Quatro Marcos, e MT-358, em Tangará da Serra (município localizado a 242 km de distância de Cuiabá).
A MT-358 foi a segunda rodovia a ser liberada pelos manifestantes, minutos após o anúncio referente à BR-163. Lá, o congestionamento provocado foi pequeno, segundo a Polícia Militar. Já na MT-248, a previsão era de liberação a partir das 18h; o congestionamento estava curto devido à existência de um desvio nas proximidades.
Ao G1, um dos coordenadores do Movimento Sem Terra (MST), José Vieira, informou que, além da entidade, aderiram ao dia nacional de manifestações em Mato Grosso o Movimento dos Trabalhadores Assentados (MTA) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em reivindicação por reforma agrária.
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