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Internacional
Segunda - 15 de Julho de 2013 às 23:36

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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou nesta segunda-feira (15) que os dados já fornecidos até agora pelo governo dos Estados Unidos sobre casos de espionagem na última semana são "insuficientes". Segundo ele, um grupo técnico vai elaborar novas perguntas a serem feitas às autoridades norte-americanas.

"Alguns esclarecimentos foram fornecidos. Consideramos insuficientes. Está reunido um grupo técnico no Brasil, constituído para elaborar uma lista de perguntas e solicitar esclarecimentos adicionais que poderão ser obtidos de diferentes maneiras. Está em consideração como a próxima etapa ocorrerá", disse o ministro após encontro com o ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Olugbenga Ashiru, nesta segunda no Palácio do Itamaraty.

No domingo passado (7), reportagem do jornal “O Globo” revelou que, na última década, pessoas residentes ou em trânsito no Brasil, assim como empresas instaladas no país, se tornaram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês) por telefonemas e e-mail. As informações foram reveladas pelo o ex-técnico da CIA Edward Snowden.

Durante audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado na semana passada, Patriota disse que o governo estuda a forma como a espionagem dos Estados Unidos no Brasil será discutida em fóruns internacionais. Segundo Patriota, o Brasil é o primeiro entre países alvos de interceptação que demonstra interesse em discutir o tema em âmbito internacional.

“O governo, seguindo orientação da Dilma, dos países que foram alvo de atividades de interceptações, foi o primeiro a levar a intenção de discutir o assunto em fóruns internacionais. Como isso pode ser feito, é algo que ainda estamos analisando”, disse o ministro na ocasião.

Audiência nesta terça
Nesta terça (16), a CRE do Senado ouviria em audiência pública o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, do jornal britânico “The Guardian”, mas ele cancelou a participação. Greenwald foi o primeiro a publicar as informações recentes de espionagem dos EUA.

Na semana passada, o Senado autorizou a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso. Os membros do colegiado ainda não foram definidos. Nas terça e quarta-feira passadas, quatro ministros brasileiros participaram de audiência pública no Senado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, admitiu que há “vulnerabilidade” no sistema de proteção cibernética no Brasil e chegou a afirmar que não usa e-mail para assuntos importantes. Na sexta-feira (12), em cúpula do Mercosul em Montevideo, no Uruguai, a presidente Dilma Roussef disse que o bloco deve adotar medidas para evitar novos episódios de espionagem.





Fonte: Do G1

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