Acusação recorreu, mas juiz manteve decisão de que não houve intenção. Filho da atriz, Rafael Mascarenhas morreu atropelado em julho de 2010.
Atropelamento do filho de Cissa é homicídio culposo, diz Justiça
Rafael morreu atropelado no dia 20 de julho de
2010 (Foto: Reprodução / TV Globo)
A Justiça do Rio manteve a decisão de julgar o atropelamento com morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, em 2010, como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Segundo a decisão, desta terça-feira (16), Rafael de Souza Bussamra não assumiu risco de matar. A acusação ainda pode recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2012, por decisão da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, Rafael Bussamra teve alterada a acusação de homicídio doloso (quando há intenção) para homicídio culposo de trânsito, crime previsto no Código Brasileiro de Trânsito. A atriz Cissa Guimarães e representantes do Ministério Público entraram com ação para tentar mudar a decisão da Justiça, mas nesta terça-feira o Tribunal de Justiça manteve a decisão anunciada no ano passado.
Na época, Cissa reagiu com revolta à decisão sobre o atropelador. "INDIGNADA, INDIGNADA, INDIGNADA, INDIGNADA, DOíDA, DOíDA, DOÍDA. MAS A LUZ DO NOSSO ANJO RAFAEL JUIZ NENHUM VAI TIRAR, NUNCAAAAAA!!!", escreveu a atriz no Twitter.
“O julgamento do recurso foi hoje [terça-feira] e por unanimidade foi mantido o homicídio culposo, ou seja, foi um acidente e não um risco de matar”, afirmou o advogado de Bussamra, Carlos Eduardo Rebelo.
Relembre o caso
O músico Rafael Mascarenhas morreu no dia 20 de julho de 2010, após ser atropelado quando andava de skate no Túnel Acústico, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Na ocasião, o túnel estava interditado para o tráfego de veículos.
Rafael Bussamra foi indiciado por corrupção ativa, junto com o pai, o empresário Roberto Bussamra. Os dois, além de Guilherme Bussamra, irmão de Rafael, foram indiciados ainda por fraude processual, por tentar ocultar provas, adulterando o veículo.
Roberto admitiu que pagou R$ 1 mil de propina a dois PMs do 23° BPM (Leblon), que teriam pedido R$ 10 mil para desfazer o local do acidente e evitar a prisão em flagrante do motorista. Os dois PMs suspeitos foram expulsos da corporação.
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