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Internacional
Quarta - 17 de Julho de 2013 às 20:59

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A juíza Sônia Maria Mazzeto Moroso Terres, que prendeu um foragido da Justiça no último final de semana, em plenas férias, durante um voo entre as cidades de São Paulo e Navegantes (SC), cobrou investimentos na área de segurança e disse “ter feito o certo”. A titular da 1ª Vara Criminal de Itajaí encontrou um empresário que havia sido condenado pelo estupro de dois filhos em 2008. Na época, as crianças tinham 4 e 5 anos de idade. O homem era foragido e a própria magistrada é quem havia assinado o seu mandado de prisão.

 

Sônia já foi destaque na mídia em 2011, quando foi a primeira juíza do Brasil a se casar com outra mulher. Foi o primeiro casamento homoafetivo registrado em Santa Catarina. "Coragem não me falta. Eu não sou heroína. Eu fiz o certo”, disse ela, que nas férias ainda trabalha numa ONG que ajudou a criar em Itajaí, o Instituto Estrela de Isab.

 

Indignação
“É inconcebível a segurança brasileira permitir que um indivíduo, que nem pode ser chamado de cidadão, devido aos crimes hediondos que cometeu, possa transitar livremente em voos pelo País durante cinco anos", afirma. "Com investimentos, os dados seriam cruzados e uma situação dessas não ocorreria. Estou indignada, pois isso mostra a falta de investimentos e políticas na área de segurança.

 

Há 20 anos exercendo a função de juíza, quatro deles em Itajaí, Sônia disse nunca ter passado por uma situação semelhante. Ela havia cobrado a Polícia Civil diversas vezes no sentido de capturar o condenado. Quando percebeu o homem sentado a poucos metros, lembrou de sua fotografia. "Confirmei e o nome era o mesmo. Fiquei indignada", disse. "Ele foi ousado, abusado e azarado."

 

A juíza é dura ao questionar a falta de investimentos em serviços de segurança. E cita os sistemas da Receita Federal para dar exemplo do que poderia ser feito. "O governo, para receber, cruza os dados para buscar até o último suspiro do cidadão. Mas onde está o retorno para as pessoas que pagam pelos serviços do governo na área de segurança, saúde, habitação e educação?", questionou. "Deputados recebem verbas indenizatórias e tal, mas não se doam pelo País. Faltam medidas simples. O mínimo que exigimos é que as coisas fossem feitas como são planejadas."





Fonte: EFE

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