Lojistas estiveram na delegacia para registrar ocorrência.Cinco jovens detidos foram soltos por fiança; um ficou preso.
Polícia já tem imagens de câmeras do Leblon, Rio, onde houve vandalismo
O delegado Rodolpho Waldeck, da 14ª DP (Leblon), ouve na tarde desta quinta-feira (18) lojistas que tiveram suas lojas danificadas e saqueadas na noite da quarta-feira (17) após protestos na rua onde o governador Sérgio Cabral mora. A polícia já recebeu imagens de câmeras das lojas e espera, ainda nesta quinta (18),
Waldeck disse que na manhã desta quinta mandou uma equipe percorrer a Avenida Ataulfo de Paiva, onde se concentraram os atos de vandalismo, e contou cerca de 20 estabelecimentos danificados. Ele disse que convidou os responsáveis a irem à delegacia registrar a ocorrência de dano e saque e pediu que cedessem imagens de câmeras.
"Somente do Banco Itaú, foram nove agências atacadas no Leblon. A Toulon foi destruída", disse, enquanto Mário Gabão, gerente de marca da Toulon, registrava a ocorrência de dano e saque a sua loja. Representantes da Cantão, grife de moda jovem feminina, que teve a vitrine estilhaçada, aguardavam a vez para fazer o registro.
Waldeck informou que dentre os seis detidos na madrugada desta quinta, cinco foram indiciados por formação de quadrilha, pagaram fiança de R$ 700, e foram liberados. Um rapaz, que levava um artefato explosivo, foi preso e já encaminhado ao sistema prisional por ter sido autuado num crime inafiançável: portar explosivos.
O delegado disse que não tem muitas informações para traçar o perfil dos detidos. "Só posso falar o pouco que vi, são jovens de 20 a 25 anos, estudantes universitários e do ensino médio", disse, explicando que o jovem com o explosivo, um rojão do tipo usado nas festas juninas do Nordeste, é do ensino médio.
Segundo o delegado, o jovem não deu declarações e se reservou o direito de somente falar em juízo. Nenhum deles tinha antecedentes criminais.
Waldeck explicou ainda que todos os detidos foram assistidos por cerca de 20 advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ que, desde cedo, estavam de plantão na delegacia. Segundo contou, os jovens arrecadaram dinheiro entre os manifestantes que foram à delegacia para pagar a fiança.
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