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Cidades
Sexta - 19 de Julho de 2013 às 19:54

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Médicos de Mato Grosso vão paralisar as atividades na próxima terça-feira (23) seguindo calendário nacional da categoria que lançou o Movimento Médicos pela Saúde, em busca de mais investimentos do governo e garantia de condições para cuidar adequadamente da população. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informa que também haverá paralisação nos dias 30 e 31 de julho, mas ressalta que atendimentos de urgência e emergência, bem como escalas de plantão, devem ser mantidos.

Otmar de Oliveira
Presidente do CRM, Dalva Alves das Neves diz que decisão do governo federal são medidas arbitrárias, que demonstram total desrespeito com os médicos brasileiros e também com a população

A decisão ocorreu durante reunião entre entidades médicas e profissionais no último dia 16, na sede do CRM. As paralisações também são um protesto contra as propostas do governo federal em importar médicos com diplomas estrangeiros sem a devida revalidação e contra os vetos da presidente Dilma Rouseff na Lei de Regulamentação da Medicina, conhecida como Lei do Ato Médico. Também planejam viajar para Brasília no dia 8 de agosto, quando médicos de todo o Brasil se reúnem com deputados federais e senadores.

“São medidas arbitrárias, que demonstram total desrespeito com os médicos brasileiros e também com a população. A nossa classe está unida e vai lutar para reverter esse quadro. Nosso maior objetivo é garantir que todo cidadão brasileiro tenha o seu direito de receber um atendimento digno, de qualidade e por profissionais capacitados”, destacou a presidente do CRM, Dalva Alves das Neves, em nota distribuída à imprensa. Para o CRM a importação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma, promove a falta de controle de qualidade do profissional que entrará no país para atender a população.

No país, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os conselhos regionais de medicina já articulam para ingressar com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida anunciada pelo governo federal de ampliação do tempo de curso de Medicina de 6 para 8 anos, com obrigatoriedade dos recém-formados trabalharem 2 anos no Sistema Único de Saúde (SUS). Consideram a medida como antidemocrática pois o governo quer, segundo eles, obrigar os profissionais a ficarem onde eles não querem.

Em Mato Grosso, as ações são organizadas pelo CRM, Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Associação Médica (AMMT) e Academia de Medicina. No Brasil, o calendário nacional é coordenado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), além das faculdades que oferecem o curso de Medicina.





Fonte: A Gazeta

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