Silvan Rodney Pereira e outras 13 pessoas tiveram a prisão decretada. Suspeitos de matar a menina foram incluídos em programa de proteção.
Delegado suspeito de tortura é preso
Delegado foi preso pela PRF, na BR-277
(Foto: Reprodução/ RPC TV)
O delegado Silvan Rodney Pereira, que era responsável pela Delegacia do Alto Maracaná, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, foi preso na tarde desta sexta-feira (19), em Laranjeiras do Sul, na região central do Paraná. Pereira é um dos suspeitos de praticar tortura contra quatro homens apontados como autores da morte da menina Tayná Adriane da Silva, de 14 anos.
A menina desapareceu no dia 25 de junho. Dois dias depois, o grupo foi preso pela Polícia Civil e assumiu a autoria do crime. Dias depois, os suspeitos disseram em depoimentos que só confessaram a culpa porque foram vítimas de tortura dentro da delegacia.
Silvan foi encontrado pela Polícia Rodoviária Federal, em um carro que seguia pela BR-277, em direção a Curitiba. O advogado dele, Claudio Dalledone Júnior, havia prometido que o cliente se entregaria à polícia até o dia 22 de julho. O G1 tentou contato com Daledone, logo após a prisão e ele disse que primeiro iria falar com o delegado para depois se manifestar.
Além do delegado, outras 13 pessoas tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, também por suspeita de participação na tortura contra os suspeitos. Além desses, outros seis policiais civis foram afastados do cargo.
Suspeitos de morte ganham proteção
Os quatro homens que foram presos pela polícia como autores do crime entraram no programa de proteção a testemunhas, na quinta-feira (18) e foram levados para outro estado. De acordo com o Ministério Público, é necessário garantir a integridade física deles, já que são testemunhas da suposta tortura. Os homens haviam obtido a liberdade provisória na segunda-feira (15).
Apesar de estarem em liberdade e sob proteção, os quatro ainda são considerados pela polícia e pelo Ministério Público como suspeitos de matar a menina e continuam a ser investigados por isso. Todavia, um exame de DNA feito no sêmen encontrado no corpo de Tayná mostrou que o material genético era incompatível com o deles.
Entenda o caso
Tayná morava com a família em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela desapareceu no dia 25 de junho. O corpo foi encontrado três dias depois por moradores em um terreno em frente a um parque de diversões. O crime da adolescente chocou os moradores do bairro, que protestaram e provocaram um incêndio no parque de diversões.
A mãe de Tayná, Cleuza Cadomá da Silva, relatou que a filha tinha saído de casa para ir até a casa de um amigo. Como ele não estava em casa, a garota seguiu para a casa de uma amiga. Tayná chegou a mandar uma mensagem de texto pelo celular para a mãe dizendo que estava voltando para casa, mas desapareceu. "Esse crime não vai ficar impune porque eu não vou deixar. Eu sempre vou correr atrás, eu quero notícia, eu quero informação (...). Meu coração está despedaçado", desabafou.
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