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Cidades
Terça - 23 de Julho de 2013 às 07:12

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Servidores públicos serão investigados por participação no esquema de fraudes ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Seis pessoas já foram presas por envolvimento com a quadrilha. Com elas, foram apreendidos documentos da administração municipal.

O secretário Municipal de Cidades, Suelme Evangelista Fernandes, confirma a suspeita. Para ele, o modo e a rapidez como foram feitas as vendas, aluguéis e invasões mostram indícios de envolvimentos de servidores que atuam no processo de seleção das famílias contempladas.

Assim que as casas eram entregues, chaveiros se direcionavam exatamente para aquelas que estavam vazias e faziam a troca das fechaduras, o que na opinião do secretário sugere que agentes públicos disponibilizaram informações privilegiadas.

Em Cuiabá, são 2,5 mil casas do programa, das quais 300 estão vazias e vulneráveis a ação dos criminosos.

Em 2013 foram presas seis pessoas responsáveis pelas fraudes, sendo que uma delas chegou a vender 50 casas no valor de R$ 3 mil, cada uma. Na ocasião, os suspeitos disseram que tinham apoio de funcionários da Secretaria Municipal de Cidades.

Somente no residencial Altos do Parque, 15 casas foram encontradas em situação irregular. As demais estão divididas entre os residenciais Nice Paes Barreto e Alice Novack, onde surgiram as maiores reclamações.

Segundo a assessoria da prefeitura, ainda restam 4 mil famílias na lista de espera do programa, sendo que 600 devem receber a casa ainda em 2013.

Transtorno – Ao tomar posse da casa, a família da dona-de-casa Tatiana Rocha tomou um susto ao se deparar com o miolo da fechadura da porta dos fundos retirado. O caso somente não envolveu a polícia porque a família invasora ainda não tinha se mudado para o imóvel.

O tio de Tatiana tomou posse da casa, recebeu a chave, assinou o contrato, mas faleceu um mês depois. Com o incidente, a casa foi quitada e entregue por herança à Tatiana, parente mais próximo.

Ao visitar o imóvel, a dona-de-casa foi informada por vizinhos que a casa já possuía novos moradores. A situação foi resolvida após entrar em contato com a prefeitura.

Investigações – A prefeitura deve entregar até amanhã um documento ao Ministério Público Estadual, pedindo que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (Gaeco/MT) assuma as investigações.

O Ministério Público Federal já tem uma ação encaminhada para apurar fraudes nos residenciais de Várzea Grande.

 






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