Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Cidades
Quarta - 24 de Julho de 2013 às 21:22

    Imprimir


O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (24) que quase metade dos 141 municípios mato-grossenses já está inscrita no programa federal "Mais Médicos", lançado com o intuito de suprir a necessidade de profissionais de medicina na rede pública de saúde no interior do país.

Alvo de manifestações e críticas por parte das entidades representativas dos médicos, o programa prevê recursos federais para pagamento de salários de até R$ 30 mil (caso da região da Amazônia Legal) que atraiam os profissionais às cidades do interior, que geralmente encontram dificuldades para completar seus quadros.

Para se habilitarem a receber os recursos do governo, os municípios devem promover obras de reforma e ampliação de suas unidades de saúde, mas as intervenções podem ser feitas inclusive com recursos acessíveis por meio da própria União.

Mais Médicos (Foto: Editoria de Arte/G1)


Mais Médicos (Foto: Editoria de Arte/G1)

"Mais Médicos" em Mato Grosso
A lista publicada no site do Ministério contém 60 municípios, conjunto que representa pouco mais de 42% do total de cidades mato-grossenses. Municípios de praticamente todas as regiões do estado realizaram inscrições.

Entre eles, o segundo e o terceiro maiores municípios, Várzea Grande e Rondonópolis, localizada a 218 km de Cuiabá. A capital, aliás, não figura na lista, mas a prefeitura assegurou nesta quarta-feira que já realizou a inscrição na semana passada. Esta quinta-feira (25) é o último dia para cadastro.

Antes do período de inscrições das prefeituras ao programa "Mais Médicos", o governo federal havia apontado 13 municípios como prioritários para inclusão em Mato Grosso. Embora não tenha sido considerado prioritário, o município de Diamantino, a 209 km da capital, já consta da lista de inscritos no Ministério da Saúde e acaba servindo de exemplo do tipo de cidades que o governo federal pretende contemplar no programa.

Interior
Segundo o prefeito Juviano Lincoln (PSD), a cidade de pouco mais de 20 mil habitantes (conforme o Censo de 2010) atualmente conta com 13 profissionais de medicina para atuar diariamente nos postos de trabalho do Pronto Atendimento 24 horas do município, nos plantões de fim de semana da unidade, nas seis equipes do Programa de Saúde da Família (PSF, agora denominado Estratégia de Saúde da Família), no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e no Hospital Regional mantido por um consórcio de administrações municipais da região.

Lincoln – que inscreveu Diamantino no "Mais Médicos" na semana passada - relata que gestores municipais como ele enfrentam sérias dificuldades em Mato Grosso para contratar mão-de-obra médica em função dos altos salários exigidos pela categoria.

Tanto que ele estuda até alterar a Lei Orgânica do município a fim de desvincular salários de servidores dos vencimentos do prefeito, permitindo que os médicos ganhem mais que o salário máximo atual de R$ 10.500,00 e mais que o salário do próprio prefeito, o qual serve de teto para todo os funcionários municipais.

Não fosse por isso, diz Lincoln, ele já teria conseguido atrair a quantidade de profissionais que permitiria manter um nível próximo ao ideal para atendimento na rede pública de saúde de Diamantino; três médicos a mais já facilitariam muito o trabalho, reflete. “Agora, se a União está nos ajudando a pagar esses médicos, vamos atrás deles”.





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/12485/visualizar/