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Política
Quinta - 25 de Julho de 2013 às 08:09

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As declarações do secretário Estado de Saúde, Mauri Rodrigues (PP), a cerca dos custos das Organizações Sociais de Saúde (OSSs) para o governo devem reacender uma discussão que já havia sido encerrada. Por conta da polêmica, o governador Silval Barbosa (PMDB) pode repensar a decisão de manter o progressista à frente da Pasta.

Caso volte atrás e substitua Mauri, o peemedebista resolveria dois problemas com uma tacada só. Isto porque acabaria com a insatisfação do Partido Progressista (PP), que já declarou ter partido para a oposição, e abafaria as polêmicas em torno da Pasta.

Por outro lado, criaria uma expectativa sobre quem seria o escolhido. Quando foi cogitada a exoneração de Mauri, há cerca de um mês, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) chegou a ser cotado. No entanto, descartou a possibilidade alegando estar mais focado em seu projeto de reeleição em 2014.

A saída do progressista do primeiro escalão estadual foi solicitada pelo próprio partido, que não estava contente com sua atuação. Como forma de pressionar o governador, além de ameaçar partir para a oposição, a base do PP na Assembleia Legislativa, formada pelos deputados Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja, se disponibilizou a assinar dois requerimentos para criação de Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs).

Uma delas, inclusive, investigaria os motivos que resultaram no vencimento de centenas de caixas de remédios de alto custo dentro das dependências das SES. Azambuja teria pedido, até mesmo, para presidir este grupo.

Como Silval se mostrou irredutível quanto à substituição de Mauri, o PP acabou desistindo e entregou a secretaria. O peemedebista garantiu que encontraria um novo espaço para a sigla na administração. Uma forma de garantir a sua permanência na base. Entretanto, a demora por um posicionamento fez com que o PP adotasse uma postura “independente”.

A aparente trégua sobre o assunto, contudo, deve ser quebrada diante das declarações de Mauri esta semana. Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (23), o secretário admitiu que paga pelo serviço prestados pelas OSSs sem saber exatamente o seu custo.

"Temos um controle do que se paga, mas não temos, contabilmente, separado por unidade. Nós estamos na procura deste custo para dar essa resposta, até porque o governador, a sociedade e todos nós queremos saber", disse o secretário.

As OSSs e os medicamentos vencidos, entretanto, não foram os únicos problemas enfrentados por Mauri desde que assumiu o posto, no início do ano.

O progressista já teve que lidar com a pressão dos prefeitos do interior, que reclamavam de atrasos nos repasses da Saúde, e com o aumento na judicialização de pedidos que a Pasta deveria atender, mas não consegue como o fornecimento de remédios, cirurgias e tratamentos.

Ainda assim, Silval sustenta ter optado pela permanência de Mauri porque o progressista vem fazendo um bom trabalho.


 






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