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Terça - 30 de Julho de 2013 às 09:28

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A renda média per capita da população mato-grossense quase dobrou nos últimos 20 anos, passando de R$ 395,34, em 1991, para R$ 762,52, em 2010. Com essa evolução, conforme Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado nesta segunda-feira (29), o estado obteve nota considerada alta, superando as outras duas edições da pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em 1998 e 2003, quando figurou com índice baixo e médio. O IDH de Mato Grosso (0,725) está um pouco abaixo da média nacional, de 0,727, porém, valores entre 0,700 e 0,799 são considerados altos.

No topo da lista que contribuíram para esse avanço estão Cuiabá e Lucas do Rio Verde. A renda dos cuiabanos, por exemplo, aumentou acima da média registrada no estado. De R$ 615 por pessoa, conforme dados de 1991 que foram divulgados em 1998, subiu para R$ 882,97, em 2000, e, em seguida, para R$ 1.161,49, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) com base no censo de 2010 e disponibilizado agora.

Já a renda per capita atual da população de Lucas do Rio Verde, localizada na região norte do estado, é de R$ 938,65. Antes, em 1991, era de R$ 600,41 e depois subiu para R$ 750,50. A cidade conta com 45.556 habitantes. Sua economia tem como "carro-chefe", a agricultura, pecuária e outros serviços, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De todo o país, a cidade que tem maior renda per capita é São Caetano do Sul (SP), de R$ 2.043,74, 2000% maior do que a menor renda por pessoa do país, em Marajá do Sena, no Maranhão.

Além da renda, aumentou também a expectativa de vida dos mato-grossenses, tanto que no quesito "longevidade" foi a única nota considerada "muito alta" atribuída ao estado, no relatório. Obteve índice de 0,821, enquanto nas outras duas pesquisas teve 0,654 e 0,740. O órgão considera como "muito alto desenvolvimento humano" índices entre 0,800 e 1. A expectativa de vida dos brasileiros subiu de 64,7 anos em 1991 para 73,9 anos em 2010. A chance de vida após o nascimento também cresceu 10 pontos percentuais, nas últimas duas décadas. De 63,24% passou para 74,25%.

Somando aos avanços apontados pelo estudo, a educação, um dos itens responsáveis pelo aumento da renda dos brasileiros, teve um salto considerável em todas as faixas etárias. Por exemplo, o percentual de adolescentes, de 15 a 17 anos, com ensino fundamental concluído, subiu de 15,68%, em 1991, para 62,17%, em 2010. Da mesma forma ocorreu com os jovens de 18 a 20 anos. Há 20 anos, apenas 8,36% dessa parcela tinha ensino médio completo. Agora, esse percentual chega a 42,36%. Já aqueles com idades entre 11 e 13 anos que concluíram o ensino fundamental ou estão terminando somam a 85,82% atualmente. Em 1991, esse grupo correspondia a 33,96% e, no segundo relatório, a 62,42%

Para medir o IDH, são considerados indicadores de educação, saúde e renda. Quanto à educação são analisados dados de escolaridade da população adulta e a inclusão de crianças e jovens na escola.

Dos 141 municípios mato-grossenses, Campinápolis possui o pior desenvolvimento humano. O município possui 14.305 habitantes e está entre os 300 com índice em torno de 0,5, sendo que a maior responsável por essa condição é a educação, cujo índice é de 0,324. Apenas 15,15% da população com idades entre 18 e 20 anos possuem o ensino médio completo e 55,9% das crianças com 5 e 6 frequentam a escola. Campinápolis e outras três aparecem com IDH baixo, inferior a 0,5. São elas: Porto Estrela, Nova Nazaré e Barão de Melgaço.





Fonte: Do G1 MT

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