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Cidades
Terça - 30 de Julho de 2013 às 22:18
Por: Jardel P. Arruda

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Priscilla Silva /Olhar Direto

Todos os médicos da rede pública de Mato Grosso vão paralisar atividades na tarde de quarta-feira (31) para protestar contra a proposta do Governo Federal de “importar” médicos sem a necessidade da revalidação do diploma, os vetos da Lei de Regulamentação da Medicina e a decisão de obrigar o estudante de Medicina a trabalhar dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa é a terceira vez que os médicos do estado paralisam atividades para protestar contra a atual política de saúde pública federal. Em outras ocasiões, a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de MT, Dalva Alves das Neves afirmou que política de saúde do governo federal adota “medidas arbitrárias, que demonstram total desrespeito com os médicos brasileiros e também com a população”.

Para outros médicos, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem atacado os princípios da democracia com decisões autoritárias. “Obrigar o profissional médico a servir ao SUS é ferir as bases de onde nasceu esse sistema, que foram a luta pela liberdade e a democracia”, disse o médico Werley Peres, um dos diretores do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso. “Trazer médicos estrangeiros é uma medida eleitoreira que não ataca as causas dos problemas da saúde no Brasil”, completou.

Em Mato Grosso, 60 municípios aderiram ao programa Mais Médicos – o equivalente a 42% do total do estado – que prevê a vinda de médicos de outros países para atuar na atenção básica sem a necessidade de prestar o exame de revalidação do diploma, conhecido como “revalida”.

O ato será acompanhado em nível nacional pelos conselhos regionais, sindicatos e associações de médicos de todo país. Em a Cuiabá, de acordo com informações da assessoria do movimento de paralisação, os médicos irão se reunir em assembleia na sede CRM, a partir das 14h.

Somente serão mantidos os atendimentos de urgência e emergência e as escalas de plantões. A medida integra o chamado “Movimento Médicos pela Saúde”, em busca de mais investimentos do governo e garantia de condições para cuidar adequadamente da população.

As ações são organizadas pelo CRM-MT, Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Associação Médica (AMMT) e Academia de Medicina. No Brasil, as ações são coordenadas pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira.






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