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Internacional
Quinta - 01 de Agosto de 2013 às 17:36

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Ariel Castro, acusado de manter três mulheres em cativeiro por mais de uma década em Cleveland, EUA, se emociona ao falar da filha que teve com uma das sequestradas, durante a audiência que deve definir sua sentença. (Foto: Aaron Josefczyk/AP)

Ariel Castro, acusado de manter três mulheres em cativeiro por mais de uma década em Cleveland, EUA, se emociona ao falar da filha que teve com uma das sequestradas, durante a audiência que definiu sua sentença (Foto: Aaron Josefczyk/AP)

Ariel Castro, acusado de manter três mulheres em cativeiro por mais de uma década em Cleveland, nos Estados Unidos, foi condenado nesta quinta-feira (1º) à prisão perpétua pelos crimes. A sentença não permite a liberdade condicional - deste modo, Castro passará o resto de seus dias na prisão.

Ele foi condenado pelo sequestro das três mulheres, por estupro e também por homicídio agravado - por ter forçado uma delas a abortar.

Antes de a sentença ser anunciada, Castro disse não ser o monstro que a promotoria o acusou de ser, afirmou ser um homem doente e disse não ter desculpas para seu comportamento, que classificou como “errado”. Ele fez uma declaração confusa no tribunal.

Ariel Castro pediu desculpas por sequestrar três mulheres e mantê-las em cativeiro por uma década em sua casa em Ohio durante a audiência. "Eu gostaria de pedir desculpas", afirmou Castro ao juiz na abertura da audiência de condenação.

Ele foi indiciado por 977 acusações, incluindo sequestro e estupro por ter mantido as mulheres reféns e as ter brutalizado por anos. Ele se declarou culpado para evitar a pena de morte.

O chocante caso veio à tona depois que Amanda Berry, de 27 anos, conseguiu escapar do cativeiro com sua filha de seis anos ao chamar a atenção de um vizinho no dia 6 de maio.

Durante anos, as três mulheres foram mantidas acorrentadas pelos tornozelos dentro da casa de Castro em um bairro de Cleveland.

Sequestradas em incidentes separados aos 20, 16 e 14 anos, as mulheres sofreram espancamentos violentos e estupros frequentes.

Michelle Knight, de 32 anos, engravidou quatro vezes durante seus 11 anos de cativeiro. Castro forçou seus abortos proibindo-a de comer e espancando sua barriga.

Já Berry foi autorizada a levar adiante uma gravidez, dando à luz uma menina em uma piscina de plástico no Natal de 2006.

Gina DeJesus, por sua vez, uma amiga da filha de Castro, tinha apenas 14 anos quando foi sequestrada.

Michelle Knight, uma das vítimas de Ariel Castro, durante depoimento na audiência de sentença de seu sequestrador (Foto: Aaron Josefczyk/Reuters)


Michelle Knight, uma das vítimas de Ariel Castro, durante depoimento na audiência de sentença de seu sequestrador (Foto: Aaron Josefczyk/Reuters)

Vítima
Michelle Knight, um a das mulheres que foi vítima do sequestrador por mais de uma década nos Estados Unidos, disse nesta quinta-feira (1º) que o acusado “roubou” 11 anos de sua vida. A jovem disse que conseguirá superar o que passou, mas que nunca se esquecerá dos anos em cativeiro, e afirmou que Ariel merece passar o resto da vida na prisão.

“Você roubou 11 anos da minha vida, eu passei 11 anos no inferno. Agora, seu inferno está só começando”, disse a jovem durante a audiência na qual deve ser definida a pena do sequestrador, que se declarou culpado de suas acusações. “Eu viverei. Você vai morrer um pouco a cada dia.”

“Chorei todas as noites, os anos se tornaram uma eternidade”, disse Knight chorando durante seu depoimento. “Ninguém deveria ter que passar pelo que passei”, acrescentou ao lembrar que quando foi sequestrada, em 2002, tinha um filho de 2 anos que ficou sozinho.

Testemunhas depuseram em termos gráficos nesta sobre como o sequestrador raptou as três mulheres e as encarcerou por uma década em sua casa, onde às vezes ele as mantinha acorrentadas, isoladas umas das outras e sem refeições regulares.

Um policial, um psiquiatra e um detetive estavam entre os que testemunharam na audiência em que Castro, de 53 anos, deve ser sentenciado à prisão perpétua.

Usando algemas nos tornozelos e um macacão laranja da prisão, Castro ouviu os depoimentos sem demonstrar expressão.

Uma réplica em miniatura da casa de Castro foi montada no tribunal para ilustrar como ele manteve as mulheres encarceradas por tanto tempo, frequentemente isoladas umas das outras.

 

Três mulheres foram mantidas reféns por dez anos em casa (Foto: Tony Dejak/AP)


Três mulheres foram mantidas reféns por dez anos em casa (Foto: Tony Dejak/AP)




Fonte: Do G1

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