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Polícia
Quinta - 01 de Agosto de 2013 às 23:59

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O juiz substituto da 1ª Zona Eleitoral de Cuiabá, Paulo Márcio Soares de Carvalho, enviou ofício à Polícia Federal para dar prosseguimento às investigações sobre um suposto esquema de compra de votos envolvendo o ex-candidato do PT à Prefeitura da Capital, o ex-vereador Lúdio Cabral.

A denúncia, enviada pela Justiça Eleitoral à PF no último dia 18, foi feita pelo advogado José Antônio Rosa, coordenador jurídico da campanha do atual prefeito Mauro Mendes (PSB), na campanha eleitoral de 2012.

De acordo com a notícia-crime, um integrante do comitê de Lúdio teria participado de uma reunião, no segundo turno da campanha, já no final do outubro, na qual os candidatos mais votados para o cargo de vereador - como o agora presidente da Câmara, João Emanuel (PSD) - teriam recebido a “missão” de organizar equipes para comprar votos em favor do petista.

“[...]o sistema de compra de voto do candidato Lúdio Cabral será feito pelos vereadores eleitos, ou mais bem votados, dentre eles, os seguintes: vereador Dereli, do bairro alvorado, morador da rua belo horizonte, Vereador João Emeanoe (sic), vereador Vitor Parente, vereador Ocemário Daltro, vereador Ozéias Machado, morador do bairro Osmar cabral, vereador Domingos Sávio, vereador Clovito, vereador Haroldo da Açofer, vereador Toninho de Souza, vereador Alan Kardec, vereador Ricardo Saad, ex-vereador Caiao do parque cuiabá, atualmente coordenador de mobilização da campanho (sic) do PT[...]”, diz trecho da denúncia.

O esquema, conforme consta na notícia-crime, consistiria na contratação de assessores de campanha para comprar votos, com pagamento agendado em local sigiloso.

“[...] cada um destes (vereadores) trabalhará com 50 pessoas, e cada um das 50 fica responsável por comprar 20 votos, e o pagamento será feito entre hoje e domingo, na casa dos votos comprados, sem tumulto, a portas fechadas”, relata outra parte do documento.

O advogado José Antônio Rosa, em declaração ao MidiaJur, afirmou que é pouco provável que haja algum tipo de condenação, passados quase 10 meses do fato denunciado.

“Eu acho que essa providência deveria ter sido tomada na hora, nos dias que aconteceram. Porque, para achar autoria, materialidade, teria que ter sido feito um flagrante. Acho muito difícil acontecer algo agora, apenas com dados testemunhais”, disse.

Tramitação

Em maio, a juíza titular da 1ª Zona Eleitoral, Gleide Bispo Santos, já havia determinado que a Polícia Federal investigasse a denúncia.

No entanto, no início de julho, a PF pediu um prazo maior para concluir o caso.

O documento enviado agora pelo juiz Paulo Carvalho contém também as observações do Ministério Público Eleitoral. Concluídas as investigações, caberá ao MPE decidir se arquiva a representação ou oferece denúncia contra Lúdio.

Outro lado

O ex-vereador Lúdio Cabral (PT) não retornou as ligações feitas para seu telefone celular até a edição desta matéria.

 

 

 






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