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Política
Sábado - 03 de Agosto de 2013 às 00:13

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O vereador Allan Kardec (PT) lamenta a decisão do prefeito Mauro Mendes (PSB) em vetar 4 dos 5 projetos de leis aprovados na Câmara Municipal de Cuiabá no mês de junho deste ano para promover melhorias no transporte público e informa que já estuda com sua assessoria jurídica os argumentos usados pelo gestor para não aprovar os projetos. Explica que após essa análise da Casa de Leis, os projetos serão colocados em votação no plenário para uma possível derrubada desses vetos.

“O prefeito decidiu a favor dos empresários de ônibus e preferiu não atender aos anseios da população que cobra por melhorias no transporte público de Cuiabá. Agora ficou bem claro de que lado o prefeito está, e, do lado da população é que não é”, diz o vereador que vai se reunir  ainda nesta sexta-feira (02) com outros parlamentares para discutirem sobre a posição que a Câmara deverá adotar após estudar a situação. “Mas de qualquer forma, os vetos serão levados para votação em plenário e queremos derrubá-los para promulgarmos essas leis pela Câmara Municipal de Cuiabá”, pontua.

Allan explica que parte dos projetos já tramitava na Casa de Leis há algum tempo e diante das cobranças da população que saiu às ruas exigindo melhorias no transporte como a volta dos cobradores, retirada de restrição para uso do passe livre e extensão do benefício aos estudantes de pós-graduação e cursos técnicos e profissionalizantes, houve a junção de todos esses projetos que foram colocados para votação na sessão do dia 27 de junho.

 A aprovação foi unânime e contou com votos da bancada que apoia o prefeito. Dois desses projetos eram de autoria de Allan: a retirada da restrição para uso do passe livre estudantil e a extensão do benefício aos pós-graduandos, sendo um deles, assinado também pelo colega Arilson da Silva (PT). Porém, foram aprovados como sendo de autoria coletiva, ou seja, subescritos por todos os vereadores, inclusive, os da bancada de apoio ao Executivo.

As galerias da Câmara estavam lotadas de estudantes que reivindicavam melhorias não só no passe livre estudantil, mas também em infraestrutura para tender a todos os usuários, como pontos de ônibus com cobertura, renovação da frota e coletivos com ar condicionado, a volta dos cobradores, além de pedirem redução na tarifa em vigor que é de R$ 2,85, uma das mais caras do país enquanto os serviços oferecidos são precários em todos os sentidos.  

“É lamentável que ao invés de dialogar com os vereadores, com a população, o prefeito tenha preferido tomar sua decisão favorecendo os donos das empresas de ônibus. “Isso mostra que como gestor, ele não dialogou nem com sua base de apoio. Dos projetos aprovados por nós, 3 eram de autoria da bancada de apoio ao Executivo. Agora, o prefeito ficará mal politicamente até com os parlamentares que apoiam ele aqui na Câmara”, acredita Allan ao citar que existem vereadores do grupo do prefeito que estão “muito bravos com ele”.

A alegação do Executivo de que ao sancionar parte dos projetos resultaria em aumento da tarifa e mais despesas ao município, não convencem Allan Kardec que integra a comissão de auditoria técnica criada para analisar as planilhas de custo da tarifa do transporte coletivo da Capital. O motivo é que foram detectadas irregularidades na planilha de custo, como gastos com cobradores que não existem nos ônibus e encargos sociais de responsabilidade apenas das empresas. Allan foi o primeiro parlamentar a denunciar, em março deste ano, as irregularidades na planilha que sustentou o aumento na tarifa de R$ 2,70 para R$ 2,95, em 28 de dezembro do ano passado com aval do então prefeito Chico Galindo. O vereador entregou cópias da planilha aos demais vereadores e também ao Ministério Público Estadual (MPE) que já investigava o aumento desde dezembro de 2012.
 





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