Estudantes estão em greve há 15 dias e acampam em reitoria, na capital. Eles cobram a abertura do Hospital Veterinário e do restaurante universitário.
Alunos da UFMT de Sinop ocupam reitoria em Cuiabá para protestar
Estudantes declararam que vão aguardar reitora para novas negociações (Foto: Gesseca Ronfim/G1 MT)
Alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) do campus de Sinop, a 503 km de Cuiabá, ocuparam a reitoria da instituição, em Cuiabá, nesta segunda-feira (5). A medida foi tomada como forma de pressionar a Universidade à atender as reivindicações dos estudantes que estão em greve há 15 dias. Uma comissão de 24 alunos ocupam a reitoria, na capital, e paralelamente universitários também bloqueiam a entrada do campus em Sinop.
Os estudantes cobram melhor estrutura para os cursos e contratação de professores. “Estamos aqui para cobrar datas e garantias, respostas concretas”, comentou o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) de Sinop, Miller Júnior Caldeira Gomes .
Na tarde desta segunda foi realizada uma reunião com o reitor em exercício, João Carlos Maia, e os acadêmicos. Porém,não houve acordo. “Nós já tínhamos feito um acordo de médio e longo prazo com os alunos de algumas coisas que não podem ser resolvidas agora, mas que estamos encaminhando, como a construção da guarita. Para isso é preciso um processo licitatório e não podemos dar data”, afirmou o professor em entrevista ao G1. Quanto ao funcionamento do Hospital Veterinário, o reitor disse que a unidade deve entrar em funcionamento no próximo semestre.
Ao G1, o presidente do DCE declarou que a greve continua e que os estudantes pretendem esperar a chegada da reitora, Maria Lúcia Cavalli Neder, que está em viagem, para novas negociações. “Continuamos sem propostas concretas. Então vamos esperar a chegada da reitora”, disse. Quanto ao funcionamento do Hospital Veterinário, Miller disse que espera que a promessa seja cumprida, mas que antigos prazos já foram dados e a unidade não entrou em funcionamento.
Os estudantes querem garantias para as pautas consideradas de médio e longo prazo, que incluem a construção de uma guarita, laboratórios, um complexo esportivo, centro de vivência. Além da conclusão de obras atrasadas e do funcionamento do Hospital Veterinário e do Restaurante Universitário, prédios que já estão prontos. “A administração já conhece nossas pautas, já nos reunimos duas vezes, mas queremos respostas concretas”, comentou a estudante de engenharia florestal Karine Caldeira, de 19 anos. “Os problemas do campus são generalizados, a falta de professores e salas atingem todos os cursos”, completou.
Além disso, os estudantes cobram da administração geral da universidade a resolução de problemas na administração do campus de Sinop. “A maioria dos nossos problemas são da administração interna sim, mas se não são resolvidos lá, queremos que a reitoria intervenha e resolva”, comentou Miller Gomes.
Até o momento, em negociação com a administração da UFMT, os estudantes conseguiram o atendimento às pautas de curto prazo, que incluem a contratação de uma assistente social para o campus, liberação de espaços para sala de estudos e centro de vivência. Também aquisição de materiais para aulas práticas por parte da instituição, que atualmente são compradas pelos próprios alunos.
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