Decisão foi do colegiado da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Segundo MP, empresário planejou atentado em fazenda em abril de 2012.
TJMT tranca ação contra empresário acusado de mandar matar ex-sócio
Dois desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) votaram pelo trancamento do processo criminal provocado pelo Ministério Público contras o empresário Filadelfo dos Reis Dias, acusado de planejar um atentado contra seu ex-sócio em abril de 2012. Nesta quarta-feira (7), os magistrados Luiz Ferreira da Silva e Rui Ramos acataram pedido de Habeas Corpus feito pelos seis advogados que defendem o empresário apontando ausência de indícios de autoria.
Devido às acusações, Filadelfo havia sido preso em março deste ano e teve novo pedido de prisão em abril. Desta vez, ele se entregou, mas obteve Habeas Corpus em seguida e foi liberado. De acordo com o Ministério Público, Filadelfo tramou a morte de um ex-sócio após descobrir que ele estava adquirindo uma fazenda que ambos pleiteavam antes do rompimento. A propriedade rural, localizada em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), abrange uma mina de ouro de alto potencial.
Para executar o plano, uma quadrilha teria sido contratada para cometer um atentado contra o ex-sócio de Filadelfo após armar uma tocaia contra ele na área da fazenda disputada. No dia, homens armados invadiram o local e aterrorizaram os funcionários, aproveitando também para levar objetos como relógios, celulares, óculos, dinheiro, um detector de metais e 100 gramas de ouro.
Em seguida, os homens armados depararam-se com uma caminhonete a bordo da qual estavam dois empresários responsáveis pela fazenda, entre eles o alvo principal. A caminhonete foi metralhada e os ocupantes só não se feriram devido à blindagem do veículo.
A investigação do Ministério Público apontou que o suposto autor do atentado fracassado ameaçou seu ex-sócio dentro de um café no centro de Cuiabá no início do ano passado. Ao saber que o ex-sócio estava prestes a fechar a aquisição da fazenda, Filadelfo teria resolvido arquitetar um plano de execução, segundo o Ministério Público.
Para os desembargadores da Terceira Câmara Criminal, contudo, a apuração do Ministério Público não apresentou indícios suficientes de ligação entre o empresário acusado e o atentado, tendo sido a ação penal contra ele baseada apenas em "presunções". Por sua vez, o Ministério Público ainda não se manifestou a respeito da decisão dos desembargadores.
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