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Política
Sexta - 09 de Agosto de 2013 às 23:36

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A Polícia Federal informou por meio de nota nesta sexta-feira (9) que a ação de busca e apreensão na casa do secretário de Prevenção da Corrupção da Controladoria Geral da União (CGU), Sérgio Nogueira Seabra foi motivada por um "vazamento de informações sigilosas" da operação que levou à prisão de 18 pessoas por desvio de verbas da educação técnica no Paraná.

De acordo com a nota, o vazamento causou "inúmeros prejuízos aos trabalhos de Polícia Judiciária na colheita de provas". Segundo a PF, a suspeita sobre Seabra foi levantada pela chefe da CGU no Paraná.

A Polícia Federal informou que emitiu a nota em resposta a outra, divulgada pela à tarde pela CGU, na qual a controladoria manifesta "total confiança" na conduta do secretário. De acordo com a nota da CGU, a suspeita sobre Seabra "não tem a menor consistência".

Para a Polícia Federal, os "indícios existentes" justificavam a investigação do secretário da CGU. "Os elementos colhidos foram submetidos à apreciação do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário, sendo que ambos entenderam pela consistência do material apresentado e pelo deferimento da medida de busca e apreensão solicitada pela Polícia Federal. Vale ressaltar, inclusive, entendimento do Ministério Público Federal a favor da prisão e afastamento da função do servidor da CGU", diz a nota. A CGU informou que o servidor continuará exercendo normalmente suas atividades.

Leia abaixo a íntegra da nota da Polícia Federal.

NOTA À IMPRENSA – OPERAÇÃO SINAPSE

09/08/2013

A Polícia Federal, em resposta à nota de esclarecimento divulgada pela Controladoria Geral da União sobre a OPERAÇÃO SINAPSE, afirma que:

1.A investigação policial foi iniciada em cooperação direta com a Controladoria Geral da União, por meio de sua Regional no Paraná, com base em notícia de possíveis condutas ilícitas envolvendo desvios de recursos públicos e atos de corrupção no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no Paraná – IFPR, na área de ensino à distância;

2.Foi detectado um vazamento de informações sigilosas da investigação, inclusive das interceptações telefônicas, causando inúmeros prejuízos aos trabalhos de Polícia Judiciária na colheita de provas;

3.A suspeita envolvendo Sérgio Nogueira Seabra, atual Secretário de Prevenção da Corrupção, que na época ocupava a função de Assessor Especial de Controle Interno do MEC, foi trazida pela própria Chefe da CGU/PR, o que veio a motivar a realização de várias diligências com vistas a confirmar ou não a conduta;

4.Os elementos colhidos foram submetidos à apreciação do Ministério Público Federal e do Poder Judiciário, sendo que ambos entenderam pela consistência do material apresentado e pelo deferimento da medida de busca e apreensão solicitada pela Polícia Federal. Vale ressaltar, inclusive, entendimento do Ministério Público Federal a favor da prisão e afastamento da função do servidor da CGU;

5.É de se destacar que a medida de busca e apreensão foi pleiteada com base nos indícios existentes até então e visou colher maiores elementos de convicção quanto à possível prática da conduta investigada, sem significar nenhum juízo antecipado de condenação;

6.A investigação ainda está em andamento e os seus resultados conclusivos serão apresentados oportunamente ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal;

7.De qualquer modo, a Polícia Federal lamenta pelo vazamento da Operação Policial e espera empreender novas investigações em parceria com a CGU voltadas ao combate à corrupção.

Divisão de Comunicação Social da Polícia Federal





Fonte: Do G1

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