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Política
Terça - 13 de Agosto de 2013 às 07:48

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A Justiça marcou para o dia 30 de outubro o julgamento do comerciante Francisco de Assis Vieira Lucena, de 55 anos. O crime ocorrido há 22 anos ficou conhecido como “Caso da Casa da Suspensão”.

A decisão é da juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira da 1ª Vara Criminal da Capital. O julgamento deveria ocorrer em setembro, mas como a pauta está fechada, foi inclusivo para outubro. Com isso, termina o pesadelo da família Scherner.

O julgamento ocorre após o comerciante perder o recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de determinar que o réu vá a Júri Popular, o STJ negou também o relaxamento da prisão preventiva. O recurso foi julgamento no final de maio pela ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Caso o comerciante seja condenado a 30 anos de prisão deverá cumprir um sexto. Assim, ele deve ganhar progressão de pena já em outubro, uma vez que terá cumprido cinco anos. O comerciante está preso desde outubro de 2008 quando foi localizado em São Paulo e trazido para Cuiabá.

Segundo o advogado criminalista Neyman Monteiro, a pena de dois quintos se aplica a crimes de homicídio qualificado ocorridos a partir de 28 de março de 2007. “Antes disso, não retroage e beneficia o réu”, informou um advogado criminalista. Pela nova lei, o suspeito poderia ficar 12 anos presos, cumprindo os dois quintos.

Francisco está preso há mais de quatro anos na Penitenciária Central do Estado, aguardando a decisão da Justiça. A pronúncia ocorreu em 1995, quatro anos após o crime.

Ele era proprietário da Casa da Suspensão, a oficina onde ocorreu o duplo assassinato. Os advogados de defesa também vêm tentando desqualificar o crime de homicídio qualificado para homicídio simples.

O duplo assassinato ocorreu no dia 27 de dezembro de 1991. Pedro, a pedido do pai, foi buscar o carro da família na Casa da Suspensão, localizada na avenida Tenente Coronel Duarte, onde hoje funciona um salão de beleza.

Após uma discussão sobre o preço, Pedro chamou o pai dele e os dois foram assassinados pelo comerciante. Após o crime, ele fugiu.

Durante o longo período em que esteve foragido, Lucena chegou a assumir outra identidade, passou a ser Francisco Bueno da Silva, natural de Campina Grande, na Paraíba, e por 10 anos estabeleceu residência no interior de São Paulo, na cidade de Osasco.

Naquela cidade ele se casou novamente, montou uma fábrica de confecções e levava uma vida comum como tantos outros brasileiros. Foi lá, depois de montar uma força-tarefa atendendo aos apelos da família das vítimas, que a polícia mato-grossense prendeu o criminoso.


 






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