Ságuas Moraes disse que pregão foi cancelado para evitar polêmica. Secretaria ainda enfrenta paralisação de professores estaduais.
Secretário é sabatinado na AL-MT sobre R$ 7,7 milhões para refeições
O secretário de Educação de Mato Grosso, Ságuas Moraes, deve ser sabatinado na manhã desta terça-feira (13) por deputados estaduais na Assembleia Legislativa, em Cuiabá. A convocação do secretário é em razão do pregão anunciado pela Seduc com previsão de gastos de R$ 7,7 milhões na contratação de empresas de alimentação para servir refeições em eventos de qualificação da pasta. A sabatina deve ocorrer às 9h [horário de MT] na Sala de Reuniões das Comissões.
Na segunda-feira (12), um dia antes de ser questionado por deputados na sabatina, Ságuas anunciou que a Seduc desistiu do pregão depois da polêmica. Os R$ 7,7 milhões previam a contratação de empresas para fornecer refeições requintadas com ingredientes como salmão, badejo e mariscos. Os valores do pregão e a finalidade foram questionados pelos parlamentares devido ao contraste em relação à qualidade da merenda escolar atualmente servida pela Seduc e na falta de verbas para a reforma de escolas. Além disso, a Secretaria de Educação ainda enfrenta a segunda greve de professores no ano, que reivindicam melhorias no trabalho, convocação dos classificados no último concurso e ampliação de recursos na educação.
Ságuas Moraes disse que a decisão de não realizar o pregão foi tomada com o intuito de diminuir a polêmica, embora o pregão estivesse regular e correto, insistiu o secretário. A alternativa adotada pela Seduc foi aderir ao pregão geral que está sendo formulado pela Secretaria estadual de Administração (SAD) para atender às demandas de cursos, seminários, alimentação e logística de todas as secretarias do governo de Mato Grosso.
O pregão da SAD deverá ser realizado dentro dos próximos 15 dias. Contudo, o valor da contratação da Seduc para serviços de alimentação em eventos de qualificação dos seus servidores continuará o mesmo no pregão geral, avisou o secretário. Por conta das controvérsias, o Ministério Público Estadual encaminhou solicitação de informações a respeito do pregão cancelado pela Seduc.
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